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04/12/2023 às 11h41min - Atualizada em 04/12/2023 às 11h41min

Filho de ex-vereador é acusado de agressão durante discussão após acidente de trânsito

NNC

O suspeito é filho do ex-vereador Odilon Rocha de Sansão, que foi preso em 2015 na Operação "Filisteu", do Ministério Público do Pará, que investigou um esquema de corrupção na Câmara Municipal de Parauapebas. Odilon ficou conhecido nacionalmente após declarar que o que ganhava como vereador era "insignificante" e se o vereador não fosse corrupto, "ele mal se sustentava"

 
Frederico é acusado por Pedro Mariano de ter agredido ele com socos
 

Parauapebas/PA - Frederico Damacena Ribeiro Sansão, filho do ex-vereador Odilon Rocha de Sansão, é acusado de agressão durante uma discussão após um acidente de trânsito.  A acusação é feita por Pedro Mariano Alves Amorim, que afirma que seu carro colidiu na traseira da caminhonete de Frederico, após o condutor de outro veículo, que seguia à frente deles, frenar subitamente para tentar acessar um estacionamento à esquerda da Avenida F, no Bairro União, em Parauapebas, no sudeste do Pará.

O caso foi registrado por volta de 12h30 da última sexta-feira (1/12). Em depoimento ao delegado Thiago Carneiro, Pedro Mariano detalhou que seguia no seu veículo - um Chevrolet Tracker vermelho e placa SHE-8C57- pela Avenida F,  quando, próximo à Rua 14, um veículo frenou bruscamente para acessar um estacionamento do lado esquerdo da via. 

Pedro Mariano diz que foi agredido com socos por Frederico

 

Uma caminhonete que seguia à sua frente - uma Ford Ranger, de cor cinza e placa QVD-4525- frenou para tentar evitar a colisão e ele também fez o mesmo, mas não conseguiu evitar a batida na traseira da Ranger. Um outro veículo que vinha atrás dele colidiu na traseira esquerda do seu carro. O condutor desse automóvel evadiu-se do local.

Ele relata que, após o engavetamento, ainda estava dentro do seu carro quando o condutor da caminhonete veio em sua direção e os dois começaram a conversar. O motorista frisou que o culpado tinha sido o "cara" do veículo que seguia na frente dele e afirmou que ia "atrás dele".

 

 

Pedro afirma que, primeiramente, perguntou se todos na caminhonete estavam bem e disse que não era para se preocupar, porque o seu seguro iria cobrir os danos causados nos dois veículos. Tudo corria bem até que, no momento que os agentes do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) estavam explicando que, se houvesse acordo entre as partes, não havia necessidade de fazer o levantamento do acidente, chegou ao local um homem, depois identificado como Frederico, que disse que era o proprietário da caminhonete e que era para o DMTT prosseguir com o levantamento, porque não iria haver acordo.

Ele também disse que era para Pedro Mariano acionar o seu seguro, porque o laudo do DMTT iria demorar três dias para ficar pronto. Nessa hora, Pedro disse que, como não houve acordo, iria acionar o seguro só após a conclusão do laudo do Departamento de Trânsito.

Ainda segundo Padro Mariano, após impor suas condições, Frederico ficou irritado e disse que "ele era um moleque" e estava só "atrapalhando". Ele relata que, Junto com o acusado, estariam seus assessores, já que o mesmo seria pré-candidato a vereador, que também passaram a ofendê-lo.

Em dado momento, Frederico teria partido para cima dele, o agredindo com socos. Algumas pessoas intervieram e seguraram o agressor e ele. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.       

Odilon - O pai de Frederico, ex-vereador Odilon Rocha de Sanção, foi preso em 2015 durante a Operação "Filisteu", do Ministério Público do Pará (MPPA), que investigou um esquema de corrupção na Câmara Municipal de Parauapebas. Ele ficou conhecido nacionalmente ao declarar, no dia 24 de abril do mesmo ano, da Tribuna da Câmara, que seu salário era “insignificante” e se o vereador não fosse corrupto, mal se sustentava. 

"O vereador, para sobreviver com o salário de R$ 7.800 [salário após descontos] aqui dentro desta Casa, com o padrão de vida que depois de eleito ele tem e não é só eu, a gente mal dá para sobreviver", disse. "O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, ele mal se sustenta durante o mês", prosseguiu.

Após a prisão e, diante das medidas cautelares impostas pela Justiça, ele renunciou ao cargo.

O NNC não conseguiu contato com Frederico ou a sua defesa para ouvir sua versão sobre o ocorrido, mas o espaço está aberto, caso queira se manifestar.

 


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