Autocuidado feminino, como essa prática tem modificado a vida das mulheres

Atualmente se fala muito do autocuidado e do autoconhecimento, movimentos que saem das sessões de terapia e rodas de conversa e ganham espaço nas redes sociais, coachs, terapeutas, influencers todos falam do “autocuidado” nos seus Reels e Stories e o assunto cresce e ganha cada vez mais adeptos.
 
 “Cuidar-se” deveria ser algo natural, depois dos primeiros momentos de vida o bebê é cuidado quase que exclusivamente por sua mãe, geralmente os contatos primordiais são com mulheres, depois a figura paterna quando presente se apresenta para esse pequeno individuo que está aqui entre nós. Isso seria “o normal”, mas sabemos que as realidades são diferentes e nem sempre se tem essa rede de apoio.
 
Mas o tempo passa e essa pessoa cresce, criança/adolescente/adulto e em algum lugar aí nesse crescimento quem “foi cuidado” passar a cuidar de outros e aqui as possibilidades e histórias individuais são inúmeras e diversas e para as mulheres essa carga é dobrada. Passamos a viver um looping de levar filhos na escola, dar conta do trabalho e da casa e vamos esquecendo do principal, de nós mesmas. Ficamos em segundo plano, sempre atrás de alguém que achamos “mais importante”. O movimento do “autocuidado” e principalmente o autocuidado feminino, vem abrindo os olhos e jogando luz nas vidas de tantas mulheres que vivem para cuidar da casa, dos filhos, do trabalho. Ter um tempo para cuidar de si mesma nada tem a ver com “egoísmo” ou “abandono”, tem a ver com a pergunta “quando foi a última vez que você se olhou?” ou “quando foi que fez algo importante para você?” e até mesmo “qual a última vez que você fez seu exame preventivo?”
 
“Cuidar-se” é o conjunto de tudo aquilo que fazemos intencionalmente para promover nosso próprio bem-estar e a nossa saúde como um todo: física, mental, emocional e espiritual.
 
Comece com uma lista, faça uma lista de tudo que você gosta, coloque ali todas as coisas que realmente te dá prazer, que te deixa feliz, que te dá um quentinho no coração. Lista feita, selecione o que é realizável, deixe a “viagem à lua” para outro momento e foque no “voltar para a academia”, “sair para dançar com as amigas” ou “ter minha horta particular” e uma a uma da sua lista vá colocando nas suas atividades semanais.
 
Começar uma terapia, começar um treino novo, comprar algo que realmente seja importante, fazer uma viagem sozinho, guardar valores são exemplos que são realizáveis e podem estar na sua lista. Aquele quentinho no coração surge a cada ‘sim’ dito ao seu prazer e bem-estar, renova as energias. Porque assumir a responsabilidade por nosso bem-estar integral impacta diretamente na redução de doenças, no aumento da nossa qualidade de vida, na qualidade de nossas relações, no aumento da autonomia, e, em última análise, impacta em nossa sensação de felicidade.
 
Inúmeras são as possibilidades e razões que as mulheres tem para dar início a essa prática que vem dando liberdade e poder a elas, momentos muitas das vezes simples e diários que fazem toda diferença no dia, práticas que são um bem a elas e aqueles a quem ela ama:
 

• Boa nutrição, qualidade de sono e atividade física regular
• Estabelecer limites em suas relações
• Ter um hobby ou uma atividade de lazer periódico
• Separar um tempo para ficar com amigos e familiares
• Rir é um regulador do estresse, então invista em momentos divertidos, um teatro, cinema ou até um bate papo com as amigas
• Conecte-se com a sua espiritualidade, aqui depende da sua fé e suas crenças religiosas. Estabeleça sua conexão com a sua fé.

É importante, cada vez mais, revisarmos o papel da mulher como cuidadora em tempo integral e esclarecermos o quanto o autocuidado feminino é importante não só para a saúde da mulher, mas para seus relacionamentos também.