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10/04/2024 às 19h35min - Atualizada em 10/04/2024 às 19h11min

O canto como ferramenta de auxilio no tratamento de pessoas com depressão

O professor e maestro Josué da Luz Moraes realizou um trabalho musico terapêutico em alunos diagnosticados com graus baixo e médio depressão e após 6 meses de observações chegou a um resultado incrível

Redação - jornalinfoco.com
Estudo realizado pelo professor e maestro Josué da Luz Moraes
Os transtornos emocionais estão em pauta em vários veículos de comunicação e é assunto aberto em rodas de conversas nas escolas, em podcast, em programas de televisão, na internet. E deve ser assunto falado e discutido dentro de casa, nas famílias pois é dentro delas que os problemas acontecem e onde as pessoas precisam serem escutadas.

A depressão é um transtorno mental grave, caracterizado por uma combinação de sintomas emocionais, físicos e cognitivos. Não é apenas uma tristeza temporária, é uma condição persistente que pode ter um impacto profundo na qualidade de vida da pessoa. Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS, existem cerca de 129 mil pessoas com quadro depressivo em todo estado do Pará o que corresponde a 1,6% dos adultos paraenses. E quando se fala em tratamento para a depressão, os números também não são muitos animadores, pois mais de 75% das pessoas em países de baixa renda não recebem um tratamento adequado.

O professor e maestro Josué da Luz Moraes aplicou na Escola de Música e Tecnologia Terruá um estudo que ressalta a música como ferramenta eficaz para o tratamento da depressão. Além do tratamento tradicional que pode incluir psicoterapia, medicação, mudança no estilo de vida, terapias complementares avaliadas e diagnosticadas por profissionais de saúde mental, a musicoterapia vem como mais uma opção de tratamento para indivíduos com quadros depressivos.

A música é reconhecida por sua capacidade de influenciar positivamente o humor e gerar sensações de felicidade e prazer, através do estímulo da liberação de neurotransmissores associados ao bem-estar, como a dopamina e serotonina. A aplicação da terapia musical com sons relaxantes demonstrou eficácia na redução dos níveis de estresse e ansiedade, fomentando uma atmosfera calma e tranquila.

Composições musicais, permite que os indivíduos canalizem suas emoções e sentimentos, valendo-se das letras, melodias e ritmos da música, o que pode ser particularmente benéfico para aqueles que enfrentam desafios na expressão verbal de suas vivências emocionais. O envolvimento em atividades musicais mais ativas, como a prática de instrumentos musicais ou participações em corais, não apenas ampliam a percepção de conexão social, mas também um senso de pertencimento e coesão comunitária, fatores fundamentais na redução da solidão e isolamento frequentemente associados à depressão.

O professor Josué Moraes aplicou seus conhecimentos em uma turma da escola e investigou os efeitos da prática de cantos em pacientes com depressão de baixo e médio graus, matriculados nas aulas de canto em conjunto com outros alunos não diagnosticados com depressão, utilizando abordagem de Terapia Cognitivo Comportamental – TCC. Durante um período de seis meses, os participantes foram submetidos as aulas de canto, com duração de 60 minutos, realizadas duas vezes por semana, focadas em técnicas vocais e práticas de canto coral.

Ao término do acompanhamento, ele observou uma redução significativa nos sintomas depressivos, conforme evidenciado pelo teste de Freidman. Esses resultados indicam que o canto pode complementar o apoio psicológico oferecido aos pacientes com depressão de baixo e médio graus. Segundo o professor Josué “o canto pode ser implementado em uma variedade de configurações, incluindo hospitais, clínicas, escolas, consultórios particulares e centros comunitários”. Para de ele “a música tem o poder de evocar uma ampla gama de emoções, devido à sua capacidade de ativar regiões especificas do cérebro associadas às emoções”. 

O profissional em musicoterapia, utiliza uma série de atividades, como cantar, improvisar, compor e ouvir músicas selecionadas, com base nas necessidades individuais do paciente. A prática musical regular pode promover a plasticidade cerebral, fortalecendo as conexões neurais e facilitando uma reorganização positiva nas redes cerebrais associadas ao humor e à emoção.

Quando se trata de pessoas com quadros depressivos ou de ansiedade, dizer que apenas uma linha é certa ou correta, é o mesmo que olhar para esse indivíduo de um único ângulo. É crucial reconhecer que o canto ou a música não são um diagnóstico de cura definitiva para a depressão, pois os resultados variam entre os indivíduos, no entanto a pesquisa apontou positivamente a melhora no humor, na redução do estresse e ansiedade.

Lembre-se “você não está sozinho”, se identificar alguns dos sintomas procure ajuda, fale sobre o assunto com amigos e familiares e se sentir vontade cante
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