Jornal In Foco Publicidade 1200x90
26/08/2023 às 11h47min - Atualizada em 26/08/2023 às 11h47min

Parauapebas: Família de motoboy morto ao colidir com carro que avançou preferencial pede justiça

NNC

O caso aconteceu há três anos e a família diz que o processo caminhou a passos lentos. Na próxima segunda-feira (28/8), acontece a Audiência de Instrução de Julgamento, quando será ouvida a mulher, que causou o acidente, e os policiais militares que atenderam a ocorrência, que serão ouvidos como testemunhas                                  Francisco Adriano morreu ao colidir em carro que avançou preferencial

Parauapebas/PA - A família do motoboy Francisco Adriano Rodrigues dos Santos pede justiça pela morte dele. Ele morreu ao colidir a moto que pilotava contra um carro, que avançou a preferencial.

Na próxima segunda-feira (28/8), acontece a Audiência de Instrução de Julgamento, na 2ª Vara Criminal de Parauapebas, no sudeste do Pará, quando será ouvida a mulher, que causou o acidente, e os policiais militares que atenderam a ocorrência, que serão ouvidos como testemunhas.

O acidente aconteceu por volta de 22h do dia 15 de agosto de 2020, no cruzamento da Rua 16 com a rodovia PA-275, no Bairro União. O veículo, um Hyundai i30, de cor preta e placa NWZ-8286, era conduzido por Fernanda de Martins Dias.

Fernanda dirigia o carro e avançou a preferencial, causando o acidente fatal. Família da vítima diz que ela estava embriagada

 

Francisco Adriano pilotava uma moto Honda NRX150 Bros ESD- de cor preta e placa OFL-1122 - pela PA-275, em direção ao shopping, localizada na entrada da cidade, enquanto Fernanda seguia pela Rua 16. Segundo o laudo pericial, a Polícia Militar e o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), a mulher avançou a preferencial quando o sinal já estava em alerta.

O motoboy colidiu com a porta dianteira, do lado do motorista. Ele teve fraturas expostas na perna direita e outros ferimentos graves. Socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Municipal (HMP), ele acabou não resistindo e veio a óbito.

Segundo a equipe da Polícia Militar que atendeu a ocorrência, no local, a mulher disse que não tinha ingerido bebida alcoólica. Ela foi conduzida à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde foi solicitado o exame de dosagem alcoólica pelo delegado Dufrae Abade, que conduziu as investigações. 

A mesma equipe da PM a levou para fazer exame no HMP, onde, ao chegarem, ficaram sabendo que a vítima tinha evoluído a óbito por volta de 23h30. O exame de dosagem alcoólica deu negativo, mas a família alega que a mulher estaria sim embriagada. 

A equipe do DMTT que realizou os procedimentos, relata que a mulher estaria alterada, inclusive os tratou com ignorância quando requisitaram a Carteira de Habilitação dela. Os agentes, no entanto, destacam não ter encontrado latas ou outro recipiente de bebidas no carro dela. Segundo os agentes, ela estava "alterada" e "descontrolada", mas eles não sabem se pelo fato de ela ter ingerido bebida alcoólica ou devido ao acidente que tinha se envolvido, com a vítima tendo falecido.

Os agentes do DMTT Jaildo Alves da Silva e Almeda Lima Coelho chegaram a relatar que a mulher tinha ingerido bebida alcoólica no croqui do acidente que fizeram. No entanto, durante o depoimento, relataram que Fernanda estava "eufórica", mas não sabem se por ela ter se envolvido em acidente grave ou por "eventualmente" ter ingerido bebida alcoólica.

Para a família do motoboy, a mulher estava sim embriagada quando avançou a preferencial e causou o acidente. Eles teriam sido humilhados pela família da acusada, que teria usado o poder econômico para abafar o caso na época.

Eles detalham que Francisco Adriano era arrimo de família. Ele trabalhava duro para sustentar a mulher e o filho, que ficaram desamparados com a morte dele. Por isso, eles pedem Justiça, para que o caso não fique impune.

Adriano também era muito querido  pelos colegas de trabalho. Durante o seu velório, eles fizeram uma homenagem e pediram justiça por sua morte. O NNC não conseguiu contato com Fernanda ou a defesa dela para ouvir sua versão sobre o caso.

 

Por Tina DeBord


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Jornal In Foco Publicidade 1200x90