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25/03/2024 às 22h08min - Atualizada em 25/03/2024 às 21h56min

Os suspeitos de mandarem matar a vereadora Marielle Franco foram presos pela PF nesse domingo

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram os mandates e o Delegado Rivaldo Barbosa o mentor do assassinato

Redação - jornalinfoco.com
No dia de hoje a luta contra a violência contra mulheres teve seus altos e baixos, o ponto alto foram as prisões dos mandantes da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada com 5 tiros na cabeça e que também atingiram o motorista de aplicativo Anderson Gomes.

Março de 2018 a vereadora em seu primeiro mandato Marielle Franco participava de um evento na Casa das Pretas no bairro do Estácio no Rio de Janeiro, juntamente com sua assessora Fernanda Chaves, única sobrevivente do crime. Marielle, Fernanda e Anderson saíram do evento, pegaram o carro e por volta de 21h30 Marielle foi alvejada com sete tiros, três na cabeça e um no pescoço e três atingiram Anderson pelas costas.

Durante esses 6 anos a pergunta que não calava era “quem mandou matar Marielle?” e após muitas tratativas realizadas, falsas testemunhas, queima de arquivos, obstrução das investigações finalmente chegou-se aos mandantes. Ronie Lessa, réu confesso como aquele que atirou em Marielle e Anderson, deu nome aos mandantes, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o delegado da Polícia Civil do RJ Rivaldo Barbosa, que foi quem arquitetou a morte da vereadora.

Aquele quem deveria defender o cidadão foi o cruel idealizador do crime e o mesmo que atrapalhava o andamento da investigação. Com a federalização das investigações, o crime foi elucidado pela Polícia Federal e ontem 24/3 os suspeitos foram presos. Os irmãos Brazão tinham interesses nos loteamentos irregulares na Zona Oeste do RJ, essa foi a motivação para o crime para mandarem matar Marielle, pois sentiam-se pessoalmente incomodados com o trabalho que ela promovia naquela região. E por conta de loteamentos irregulares Marielle e Anderson foram assassinados, duas vidas foram cruelmente tiradas de seus familiares e amigos.

Quantas coisas boas essa mulher não teria realizado e prol dos moradores, quantas famílias não estariam adquirindo a casa própria de forma legal e através de programas habitacionais, quantas vidas transformadas? Quantas?
Até onde Marielle Franco chegaria na política? Teria se reeleito? Seria uma Deputada Federal, uma Ministra, seria Presidente desse país? Como saberíamos? Pois sua vida e seu primeiro mandato foram interrompidos, por ganância, por poder, pelo controle de pessoas.

O delegado Rivaldo Barbosa chegou a sentar com os pais de Marielle para consolá-los e disse naquele momento que faria de tudo para elucidar o crime, mal sabiam que estavam diante do homem que tramou o plano para matar a filha deles, foi a pessoa que atrapalhou as investigações, que mandou desligar as câmeras de segurança.
Essa cena do delegado com a família de Marielle, nos traz na lembrança a presença de Guilherme de Pádua consolando Glória Peres no velório de sua filha Daniela Peres e a mãe enlutada receber os pêsames sem saber que o assassino está bem na sua frente.


 
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