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20/03/2024 às 10h22min - Atualizada em 20/03/2024 às 10h22min

Mineradora Vale: a maior multinacional do Brasil em valor de mercado, sendo a maior produtora de ferro e níquel do mundo além de exportar cobre, ouro e minérios raros

Flavia Marinho
clickpetroleoegas

Mineradora Vale, uma das maiores produtoras de minério do mundo está presente na China, Canadá, Reino Unido, Japão e mais países

Conheça a história desse gigante brasileiro: A Vale, a maior empresa do Brasil em valor de mercado, é uma das maiores empresas de mineração do mundo e também a maior produtora de minério de ferro, de pelotas e de níquel, com participações nos setores de energia elétrica e logística. Também produz cobre, cobalto e outros metais preciosos.

A história da Vale é uma jornada de sucesso, desde suas origens como uma empresa de transporte ferroviário até se tornar uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo. Ao longo dos anos, a Vale enfrentou desafios e superou obstáculos, expandindo sua atuação internacionalmente e se tornando uma referência em sustentabilidade na mineração.

Com projetos inovadores, investimentos em infraestrutura e uma visão de longo prazo, a Vale continua a desempenhar um papel fundamental no mercado global de minério de ferro. Neste artigo, vamos explorar a história de sucesso desse gigante brasileiros que se tornou uma referência global.

Conheça a história da maior empresa do Brasil em valor de mercado, superando a Petrobras, o gigante do petróleo brasileiro!

de Ferro e pelota
A matéria-prima essencial para a fabricação do aço é encontrada na natureza em forma de rochas misturada a outros elementos. Por meio de diversos processos industriais com alta tecnologia, o minério de ferro é beneficiado para, em seguida, ser vendido à indústria siderúrgica.

Faz parte do dia a dia: está presente na construção de casas, na fabricação de carros e na produção de eletrodomésticos.

O minério encontrado em Carajás tem 67% de teor de ferro, considerado o de melhor qualidade do planeta. No Norte do Brasil, as nossas minas ocupam apenas 3% da Floresta Nacional de Carajás. Os 97% restantes, nós protegemos em parceria com institutos.

Níquel

Vale lidera a produção desse metal que é considerado um dos mais versáteis do mundo. Duro, mas também maleável, ele é resistente à corrosão e mantém suas propriedades mesmo quando é submetido a temperaturas extremas.

Faz parte do dia a dia: é usado na produção de baterias e de itens que vão desde moedas até um carro.

Os minérios obtidos em suas minas contêm mais do que apenas níquel. Por isso, ao extrair e processá-lo, também produzimos cobalto, cobre e metais preciosos;

Cobre

De extrema importância para a indústria moderna, ele é maleável, reciclável, resistente à corrosão e a altas temperaturas.

Faz parte do dia a dia: é empregado na geração e na transmissão de energia, em fiações e em praticamente todos os equipamentos eletrônicos, como a televisão e o celular.

O cobre é o terceiro metal mais utilizado no mundo, atrás do ferro e do alumínio. Há registros de objetos feitos com o metal que datam de 8 mil anos antes de Cristo. 66% do consumo anual de cobre é voltado para aplicações elétricas.

As origens da Vale

A história da Vale remonta ao início do século XX, quando a Companhia Estrada de Ferro Vitória, a Minas, realizou sua primeira operação em 13 de maio de 1904. Essa ferrovia é uma das poucas no Brasil que ainda mantém o transporte contínuo de passageiros. A partir da implementação da estrada de ferro, em 1908, com a expansão das jazidas de ferro de Itabira, dois engenheiros ingleses fundaram a Brazilian Heatmaid Syndicate, ou Sindicato Brasileiro da Hematita, obtendo autorização para transportar minério pela ferrovia.

Em 1911, o empresário norte-americano Percival Farquhar adquiriu todas as ações da empresa, alterando seu nome para Itabira Iron Ore Company e recebendo autorização do governo brasileiro para funcionar.

Vale passou a explorar o minério de ferro em grande escala

Durante o governo Vargas, houve uma ênfase na nacionalização das reservas minerais. Em 1939, o contrato da Itabira Iron Ore foi considerado inválido, levando à perda das concessões federais e estaduais. No entanto, a empresa ainda era proprietária das terras e minas de ferro de Itabira, de acordo com o Código de Minas. Durante a Segunda Guerra Mundial, as minas de Itabira foram transferidas para o governo brasileiro para suprir a demanda emergencial de minério de ferro da Inglaterra.

Isso foi ratificado pelo Decreto de Lei nº 4.352 em 1º de junho de 1942, que oficialmente criou a Companhia Vale do Rio Doce, uma empresa estatal controlada pela União Federal. A partir desse momento, a Vale passou a explorar o minério de ferro em grande escala, impulsionando o desenvolvimento social, econômico e estrutural em Itabira. A companhia também se tornou detentora da Estrada de Ferro Vitória Minas.

Vale foi construída como sociedade anônima, e suas ações foram leiloadas na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em 1956

O primeiro carregamento de minério de ferro da Vale ocorreu em julho de 1942, quando os americanos buscavam matéria-prima para a produção de armamentos durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, o navio inglês SS Baron Napier foi atacado por alemães logo após a partida, resultando na perda de 5.700 toneladas de minério. Apesar desse revés, a Vale conseguiu expandir sua produção gradualmente.

No entanto, a demanda por minério de ferro ainda era limitada no Brasil naquela época, e a Vale fornecia principalmente para siderúrgicas nacionais, sendo a Companhia Siderúrgica Nacional a maior delas. Em 1943, a Vale foi construída como sociedade anônima, e suas ações foram leiloadas na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em 1956. Durante esse período, o engenheiro Francisco de Salles assumiu a presidência da empresa, modernizando seus postos e estabelecendo os primeiros escritórios no exterior.

Em 1961, Eliezer Batista foi indicado para a presidência da Vale pelo ex-presidente Jânio Quadros. Eliezer é conhecido por conectar a Vale ao mundo e criar o conceito de distância econômica. Ele percebeu a oportunidade de fornecer minério de ferro ao Japão, que precisava expandir sua indústria siderúrgica danificada durante a Segunda Guerra Mundial. Esse conceito permitiu à Vale competir com as minas de minério de ferro da Austrália, apesar da distância geográfica.

Projeto Grande Carajás: geólogos da Vale, descobriram uma grande quantidade de minério de ferro, manganês, cobre, ouro e minérios raros

Em 1967, geólogos da U.S. Steel, acompanhados de geólogos da Vale, descobriram uma grande quantidade de minério de ferro de alta qualidade na região da Serra dos Carajás, no Pará. Esse achado foi além das expectativas, incluindo não apenas minério de ferro, mas também manganês, cobre, ouro e minérios raros.

O Projeto Grande Carajás foi oficialmente iniciado em 1982, e a região se tornou a maior reserva mundial de minério de ferro de alto teor. Para viabilizar a operação, foram realizados diversos projetos de infraestrutura na região, como a usina hidrelétrica de Tucuruí, a estrada de ferro Carajás-Itacuí e o porto de Ponta da Madeira. O projeto entrou em operação em 1985, resultando em um novo recorde de extração de minério de ferro pela Vale em 1989, com 108 milhões de toneladas métricas.

Privatização e Expansão Internacional

Em 6 de maio de 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a Vale foi privatizada e adquirida pelo Consórcio Brasil, liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional. A produção da Vale era de 114 milhões de toneladas por ano na época da privatização, mas aumentou significativamente nos anos seguintes devido a várias aquisições, como a incorporação da Samitri, Soucomex, DIC, Ferteco e KM. Em 2005, a Vale se tornou a maior exportadora mundial de minério de ferro, impulsionada pelo aumento do preço do minério de ferro e pela eficiência operacional.

Vale adquiriu a mineradora canadense Inco

Em 2006, a Vale adquiriu a mineradora canadense Inco, diversificando ainda mais seu portfólio de produtos e expandindo suas operações internacionalmente. No mesmo ano, a empresa passou a se chamar apenas Vale, alterando sua identidade visual. No entanto, nos anos seguintes, a empresa enfrentou dois dos maiores desastres sociais e ambientais do Brasil.

Em 2015, ocorreu o rompimento da barragem de Mariana, resultando em 18 vítimas fatais. Em 2019, o rompimento da barragem de Brumadinho causou a morte de mais de 270 pessoas, tornando-se o maior acidente de trabalho do Brasil e o segundo maior desastre industrial do século. Desde então, a Vale tem se dedicado a iniciativas de sustentabilidade e reparação dos danos causados pelos desastres.

Além da produção de minerais ferrosos e não ferrosos, a Vale atua nos segmentos de logística e energia.

Atualmente, além da produção de minerais ferrosos e não ferrosos, a Vale atua nos segmentos de logística e energia. Em 2022, a empresa teve um lucro de R$ 95,9 bilhões e uma receita líquida de R$ 226,5 bilhões. A composição acionária da Vale está distribuída em 59,98% para o mercado, com quatro grupos detendo mais de 5% do capital da empresa: PREV, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, The Capital Group Companies e BlackRock. Além disso, as ações preferenciais de classe especial, conhecidas como Golden Shares, são de titularidade obrigatória do governo brasileiro devido à história de privatização da empresa.

A Vale tem focado em soluções para a mineração sustentável, investindo em logística e energia para garantir a eficiência de suas operações. Com operações, laboratórios de pesquisa, projetos e escritórios nos cinco continentes, a empresa atende à demanda global por minério de ferro. Eduardo Bartolomeu é o atual presidente da Vale, trazendo sua vasta experiência em operações integradas e commodities a granel.

A Vale divulgou, em 22 de fevereiro deste ano, seu resultado financeiro referente ao quarto trimestre de 2023.

A Vale reportou em 22 de fevereiro de 2024, EBITDA ajustado proforma das operações continuadas de US$ 6,7 bilhões no 4T, um aumento de 35% a/a e 50% t/t, como resultado do melhor desempenho operacional e dos maiores preços de minério de ferro.

2023 foi um ano marcante para a Vale. Seus resultados traduziram a evolução da sua transformação cultural voltada para a segurança e o progresso em direção à excelência operacional. A produção de minério de ferro de 321 Mt em 2023 superou o guidance e forneceu evidências de uma maior confiabilidade de ativos e processos. Além disso, inaugurou a 1ª planta de briquetes e firmaram uma parceria com a Anglo American em uma operação de classe mundial, passos importantes para sustentar o crescimento em volumes com qualidade.

Seu caminho para transformar o negócio de Metais para Transição Energética, a produção de cobre teve um crescimento impressionante de 50% no 4º trimestre, enquanto a produção de níquel ficou em linha com o guidance.

199 vagas de emprego na Vale

Mineradora Vale está com centenas de vagas de emprego disponíveis para candidatos de várias áreas de atuação. Há vagas na Vale para mecânico, engenheiros, técnicos e muito mais! Além disso, os futuros colaboradores receberão um pacote de benefícios exemplar, que inclui: Previdência Privada, um Vale Alimentação extra no Natal, Programa Bem-Estar, Auxílio Funeral, descontos em aluguel de carros, PLR, Gympass, Seguro de Vida em Grupo, e o programa Apoiar.

Adicionam-se benefícios como Vale Alimentação, Vale Refeição, Reembolso Creche ou Auxílio Babá, além de ampla Assistência Médica e Hospitalar. A oferta se completa com transporte fretado ou Vale Transporte, garantindo uma abordagem holística ao cuidado e incentivo dos seus funcionários, promovendo um ambiente de trabalho acolhedor e seguro.


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