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17/08/2023 às 16h30min - Atualizada em 16/08/2023 às 23h37min

Coluna EXAGERADA é lançada no Jornal InFoco

Abrimos um espaço para conversamos sobre nós

Redação Jornal InFoco - jornalinfoco.com
Exagerada, significado, mais do que o necessário, demasiado, excessivo. Mas o exagero é bom ou é ruim?? Um ciúme exagerado é ruim? Insegurança exagerada é ruim? Um comportamento exagerado é ruim? Isso vai depender dos sentimentos envolvidos, qual foi o evento ativador desse sentimento e quais crenças acalentamos na nossa personalidade e qual será o efeito desse comportamento da nossa vida.
 Mulheres são rotuladas de exageradas o tempo todo, seja na criação dos filhos, nos cuidados excessivos, seja na relação com o marido, no controle ou no ciúmes demasiados, seja na maneira de se vestir, ou muito florida, ou muito justa, ou muito comprida, ou muito curta. Mulheres são sempre alvos de inúmeros rótulos, que se iniciaram lá na infância, passam pela juventude e continuam na vida adulta.
 
Mas o exagero pode ser uma peça importante na nossa colocação como mulheres, ele pode ser uma força propulsora, um estímulo, uma identidade. Elke Maravilha por exemplo era uma mulher muito exagerada, tudo nela tinha uma identidade, uma força que ela imprimia naquele estilo de ser. As vezes ela aparecia como uma leoa, ou como uma guerreira, as vezes se vestia com pele cobra. Em anos onde o machismo era imperante no Brasil, surgiu uma atriz que se vestia para “causar”, para chocar e abrir os olhos da sociedade.
 
Claudia Raia, outra mulher exagerada, uma mulher grande, branca, bailarina, coxas grossas, cabelos pretos, só o tamanho já assusta 1,78m de altura, sua presença é marcante e tudo que ela diz e faz tem força, incomoda e para completar ela gerou seu terceiro filho aos 55 anos.
 
Lady Gaga, essa é um ícone no exagero, sua personalidade e suas dores se refletiam nas suas roupas, suas músicas tocaram milhares de fãs pelo mundo e sua voz incomparável a fez uma das artistas mais rentáveis no meio musical.
Muito recentemente uma mulher até então desconhecida participou de um programa da Netflix, denominado de “Casamento às Cegas” onde consiste em encontros onde os casais se formam sem terem visto um ao outro, eles conversam em cabines separadas e lá eles tentam fazer uma conexão emocional com os parceiros, e na 2ª Edição uma mulher preta e gorda teve um “match” com um homem, e a conversa fluiu às mil maravilhas, ela o pediu em casamento e na hora do “face to face” ele deu pra trás, com uma desculpa esfarrapada e não aceitou o pedido.

Essa mulher gerou uma comoção nas redes sociais, outras mulheres identificaram-se com a situação vivida por ela e se ela já tinha visibilidade nas redes devido ao seu trabalho, essa rede de seguidoras se multiplicou, Amanda Sousa virou um ícone de uma mulher forte, independente e transformadora de vidas, pois muitas outras mulheres plus, começaram a se fortalecer nessa mulher. Ela se comunica com suas seguidoras através do seu estilo, suas roupas, tatuagens, seu comportamento livre e exagerado.
 
Todas essas mulheres e muitas outras fizeram do rótulo “exagerada” a sua marca, o seu escudo, e o remédio para suas dores, literalmente “fizeram limonada” e transformaram suas vidas e colhem os benefícios das lutas pessoais que travam diariamente.
 
Neste dia o Jornal InFoco lança a Coluna Exagerada, onde falaremos mais das mulheres que estão por aí, trabalhando, criando conteúdos, fazendo de suas vidas exemplos para outras mulheres, estão resignificando atitudes e sentimentos que foram impostos a elas, são as mulheres comuns que decidiram não aceitar os limites e os rótulos que quiserem lhe impor. São as que decidiram serem exageradamente felizes.

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