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17/02/2018 às 13h18min - Atualizada em 17/02/2018 às 13h18min

Em assembleia extraordinária, servidores lotam Câmara Municipal, recusam proposta do governo e pedem 31% de reajuste salarial

Com a recusa dos servidores, a greve geral começará na próxima segunda-feira. Hospital municipal funcionará com apenas 30% do efetivo

- Jornal In Foco
Fotos: Ricardo Mesquita
Os servidores públicos municipais de Canaã lotaram a Câmara de Vereadores na noite desta sexta-feira (16) para decidir se aceitariam ou não a proposta feita pelo governo na manhã do mesmo dia. Chamada de “proposta indecente”, a oferta do governo foi recusada de maneira unânime pelos presentes. A assembleia extraordinária decidiu, então, que os servidores estarão oficialmente em greve a partir da próxima segunda-feira (19). Com ânimos exaltados, o funcionalismo público afirmou que a proposta de R$ 135,00 a mais no Vale Alimentação não era vantajosa aos servidores, já que o valor não era contabilizado na aposentadoria.
 
Os líderes de vários sindicatos de Canaã estiveram presentes na reunião e puderam falar por alguns minutos sobre a proposta e as razões para não aceita-la. Além deles, a vereadora Vânia Mascarenhas também falou: “Acredito que a luta de vocês é um começo. Contem comigo! Eles estão tirando os direitos de vocês. A proposta não pode ser indecente como essa. Essa é uma luta por direitos. Estamos juntos e contem comigo para o que der e vier.”


 
Fazendo cálculos em cima das perdas inflacionárias ao longo dos últimos anos, o professor Ademir Costa, representando o SINTEPP, explicou qual o verdadeiro valor pelo qual o funcionalismo está lutando: “Com essa proposta feita pelo governo, nós estaríamos pensando só no hoje. Não podemos pensar nisso. Nós temos 31% de reajuste para brigar. Eu vou atrás é desses 31%. O que vocês querem? Migalhas ou o pão? Antes da greve, vamos pensar bem! Se a gente realmente aderir a ela, talvez teremos que tomar medidas enérgicas que podem prejudicar não só Canaã, mas o estado, o país e até o mundo.”


 
No final da explanação do professor, os servidores gritaram em coro: “É 31, é 31!”. Cada servidor teve, depois disso, o tempo de dois minutos para também fazer propostas para o movimento. Tudo foi registrado em ata.


 
 Com a recusa da oferta, a greve vai realmente acontecer. O hospital municipal funcionará com apenas 30% da capacidade. Já para os demais órgãos, a paralisação será geral.
 
Procurada pela reportagem, a Prefeitura Municipal disse que se manifestará sobre o caso na próxima segunda-feira.
 
 
 
 
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