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08/02/2018 às 17h08min - Atualizada em 08/02/2018 às 17h08min

Com greve deflagrada, funcionalismo público vai às ruas por reajuste salarial

Servidores alegam que a ação está sendo realizada pelo descumprimento da prefeitura com o acordo TAC

- Jornal In Foco
Atila Penha
Centenas de servidores foram às ruas na manhã desta quinta-feira (08) em ato de protesto contra decisões tomadas pelo governo municipal. Se reunindo na porta da prefeitura de forma pacífica, os servidores adentraram o órgão gritando palavras de ordem. Logo após o ato, se dirigiram para a Câmara de Vereadores e em seguida saíram em passeata pela cidade para chamar a atenção da população para a causa.
 
Na ocasião, Sheury Barros, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos se pronunciou, ressaltando a intenção dos servidores mediante o ato: “Eu quero deixar bem claro o ponto de vista dos servidores: nós gostaríamos de estar prestando um serviço de excelência para a população. O prefeito não cumpriu o TAC (Termo de Ajuste de Conduta) e deixou bem claro que não haveria proposta da parte para os servidores.”


 
A presidente falou mais sobre a indignação do funcionalismo: “Alegam uma crise em Canaã que nós não conseguimos ver. O contraponto da situação, que é uma atitude incoerente, eles fazem contratos milionários, fazem assessorias de R$ 870 mil só para o planejamento. É uma afronta na cara do servidor se for observar os gastos públicos. Não há nenhuma forma de valorização dos servidores públicos na gestão de Jeová Andrade. O ato de hoje é para fazer com que o prefeito reflita e olhe para o povo que faz essa cidade, que trabalha, que atende os habitantes de Canaã, que faz o nome dele, que presta um serviço de excelência e que tem que ser respeitado.”


 
Os servidores se uniram para decidir se deflagrariam greve pela segunda vez em menos de seis meses. Em setembro de 2017, a classe havia se unido em protesto ao corte de benefícios e redução salarial. Na época, foram realizadas inúmeras reuniões e até uma passeata pacífica. Em uma das reuniões, o prefeito Jeová Andrade declarou que não tinha condições de voltar atrás com a decisão de cortes na folha, já que o município passava por intensa crise no ano.


 
Na ocasião, o episódio foi resolvido com um acordo judicial feito pelos servidores junto à Prefeitura. O acordo, chamado TAC, foi definido da seguinte forma: com o aumento da receita em novembro, a Prefeitura daria as perdas inflacionais de 2015, 2016 e 2017 aos servidores.
 
Segundo Sheury, na manhã da terça-feira (06), houve uma longa reunião do Sindicato junto ao prefeito Jeová Andrade. O gestor, junto ao financeiro, deixou claro que não haveria possibilidades de cumprir o TAC.


 
Diante da situação, foi realizada uma assembleia unificada com todos os sindicatos na noite do mesmo dia. Por lá, mais de 400 servidores compareceram e o descumprimento do TAC foi anunciado a todo. Após isso, o funcionalismo decidiu a ação de dois atos públicos e a greve em sequência.
 
Sheury afirmou ainda: "Que fique claro que o servidor de Canaã não tem interesse algum de fazer greve. Eles estão obrigados a fazer greve porque o prefeito não tem nenhuma proposta.” O próximo ato de manifesto, que precede a paralisação até agora marcada para o dia 19, será feito na próxima quinta-feira (15) no mesmo local.
 
A equipe do Jornal In Foco fez contato com a Prefeitura Municipal. Segundo a Assessoria de Comunicação, o prefeito se pronunciará sobre o caso ainda nesta quinta.
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