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26/03/2020 às 09h27min - Atualizada em 26/03/2020 às 09h27min

​Em encontro virtual, líderes dos maiores países tentarão coordenar resposta ao coronavírus

O G20 faz um encontro extraodinário para tentar dar uma resposta à pandemia que já matou mais de 21 mil pessoas no mundo.

- Jornal In Foco
G1
Líderes das maiores economias do mundo vão se encontrar de forma virtual nesta quinta-feira (26) para coordenar uma resposta ao crescimento das incidências de Covid-19.
 
O encontro das nações do G20 será coordenado pelo rei Salman, da Arábia Saudita. O reino preside o grupo neste ano.
 
Itália e Espanha lideram o número de mortes por coronavírus
 
A reunião do Grupo das 20 nações será presidida pelo rei Salman da Arábia Saudita. O reino presidnte o grupo neste ano.
 
A reunião extraordinária foi convocada para que os esforços globais para combater a pandemia e suas implicações econômicas sejam coordenados.
 
A Arábia Saudita também foi criticada por abalar os mercados de petróleo ao reduzir os preços para ganhar participação de mercado, depois que a Rússia, outra grande produtora de petróleo do G20, se recusou a estender um acordo de corte de produção que sustentava os preços do petróleo.
 
Os EUA já pediram à Arábia Saudita que repensasse sua estratégia. Em uma ligação esta semana com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, enfatizou que a Arábia Saudita, como líder do G20 e importante líder de energia, “tem uma oportunidade real de se aproximar da ocasião e tranquilizar a energia global e mercados financeiros” neste momento de incerteza econômica.
 
O número global de mortos pelo novo coronavírus ultrapassou os 21 mil, e os infectados são mais de 472 mil, segundo a Universidade Johns Hopkins.
 
Esta semana houve discussões entre ministros das Relações Exteriores do Grupo das 7 principais democracias industrializadas sobre a possibilidade de classificar a China como a fonte do coronavírus. Os ministros não concordaram com um esforço dos EUA para identificar o coronavírus como o "vírus Wuhan", em referência à cidade na China onde ele apareceu pela primeira vez. Como resultado, os ministros das Relações Exteriores optaram por não divulgar uma declaração do grupo.
 
O presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin estão entre os chefes de Estado que participarão da cúpula. Angela Merkel, das Alemanha, participará de seu apartamento em Berlim, onde está em quarentena depois de um médico que lhe atendeu teve um teste para a Covid-19 positivo.
 
A cúpula virtual também incluirá líderes da Organização Mundial da Saúde, Nações Unidas, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Organização Internacional do Trabalho e outros.
 
Representantes da Espanha, Jordânia, Cingapura e Suíça também participarão da convocação, além de presidentes de órgãos regionais como a União Africana, a Associação das Nações do Sudeste Asiático e o Conselho de Cooperação do Golfo.
 
A Organização Internacional do Trabalho diz que quase 40% da população mundial não tem seguro de saúde ou acesso a serviços nacionais de saúde, e 55% - ou 4 bilhões de pessoas - não se beneficiam de nenhuma forma de proteção social.
 
A atual crise da saúde deixa claro que não foram feitos progressos suficientes pelos governos para expandir o acesso a serviços de saúde, benefícios de doença e proteção ao desemprego desde a crise financeira de 2008.
 
O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial emitiram um apelo aos países do G20 antes da reunião de quinta-feira, alertando sobre graves consequências econômicas e sociais para os países em desenvolvimento –onde vive um quarto da população mundial e maioria das pessoas mais pobres.
 
Os credores pediram a suspensão dos pagamentos da dívida desses países e pediram aos líderes do G20 que encarregassem o Banco Mundial e o FMI de fazer as avaliações necessárias sobre quais países têm situações de dívida insustentáveis e requisitos de financiamento imediato.
 
Em um comunicado conjunto as duas instituições financeiras afirmaram o seguinte: “É imperativo nesse momento ter um senso global de alívio para países em desenvolvimento assim como um sinal forte para os mercados financeiros”.
 
Kristalina Georgieva, a diretora do FMI, disse que os credores estão prontos para empregar US$ 1 trilhão (R$ 5,05 trilhões). Cerca de 80 países já pediram ajuda ao FMI.
 
O governo da Etiópia disse aos ministros das Finanças e chefes do Banco Central do G20, em uma ligação antes da cúpula de quinta-feira, que a África precisa de um pacote de financiamento de emergência de US$ 150 bilhões (R$ 755 bilhões) devido ao impacto do vírus.
 
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu aos líderes do G20 que adotem um plano de guerra, incluindo um pacote de estímulos "na casa dos trilhões de dólares" para empresas, trabalhadores e famílias de países em desenvolvimento que tentam combater a pandemia de coronavírus.
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