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24/05/2024 às 10h45min - Atualizada em 24/05/2024 às 10h45min

Após reunião, Justiça deve proferir em 60 dias sentença sobre Tapete Verde

NNC

A reunião para ouvir as partes interessadas -proprietários e posseiros- aconteceu nesta quinta-feira (23/5) no Fórum de Parauapebas. Após a manifestação legal das partes, a Justiça deve proferir a sentença que, a tudo indica, se não houver interesse pela sua desapropriação, será a reintegração de posse em favor dos proprietários

 

Parauapebas/PA - A Justiça Federal realizou audiência nesta sexta-feira (23/5) no Fórum de Parauapebas, no sudeste do Pará, para ouvir proprietários e posseiros que ocupam a Fazenda Tapete Verde, que há 19 anos vem sendo alvo de invasão. Ouvidas as partes, agora a Justiça vai aguardar as manifestações legais, para proferir a sentença definitiva sobre o caso, o que deve ocorrer em 60 dias.

A fazenda Tapete Verde fica na zona rural de Parauapebas e já passou por várias desocupações e novas invasões. O caso vinha se arrastando a passos lentos, com o local sendo utilizado como moeda de troca por votos por políticos locais, que, em vésperas de pleitos, se comprometiam em lutar pela desapropriação da área em favor dos sem terra.  

Este ano, a Justiça retomou o caso, com o objetivo de resolver definitivamente a situação, com sua desapropriação ou  reintegração de posse para os herdeiros do fazendeiro Valdemar Rodrigues do Vale. Ontem, quarta-feira (22/5), foi feita uma Inspeção Judiciária na área, quando foi comprovada que a terra está toda loteada irregularmente e que boa parte desse lotes virou mini fazendas, inclusive só uma pessoa teria mais de 100 alqueires.

A Prefeitura de Parauapebas, que se mostrou interessada em desapropriar a área, inclusive chegando firmar compromisso com os posseiros, recuou e, na terça-feira (21/5), peticionou na Vara Agrária de Marabá que não estava interessada na aquisição da propriedade, o gerou revolta nos invasores, que, se sentindo enganados, prometem realizar manifestações contra o governo municipal, pedindo que o compromisso feito pelo prefeito Darci Lermen, durante sua campanha pela reeleição, seja honrado.

Durante a audiência, os posseiros, poucos originários das primeiras ocupações, chegaram a alegar que invadiram a propriedade estimulados pelo dono. Coisa que foi rechaçada, ainda mais diante dos históricos, comprovando que as ocupações foram violentas, com os invasores destruindo bens da propriedade e matando animais.

A defesa família do fazendeiro destaca que, durante esse tempo, os herdeiros estão sendo prejudicados, já que não estão usufruindo do bem, que foi dilapidado, inclusive virou alvo de especulação imobiliária irregular, com vários lotes com placa de venda. Fora isso, ainda há a especulação política, com candidatos durante esse tempo vir enganando os posseiros em troca de votos, como o feito pelo próprio governo municipal, como relatam os posseiros, que agora viram que foram enganados e jogados à própria sorte, já que se a Justiça ordenar a reintegração de posse, como tudo se encaminha para isso, terão que sair do local e perder o que investiram 'garantidos' que o município ia resolver a situação em favor deles.


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