Parada estratégica durante traslado para Ananindeua, durante a manhã, reuniu usuários da instituição e do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo
Foto: Rodrigo Pinheiro / Ag.ParáA imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré percorre, nesta sexta-feira (06), a maior das romarias do Círio de Nazaré. O traslado da berlinda para o município de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, leva uma multidão de devotos às ruas. Em frente ao Hospital Ophir Loyola (HOL), ainda na primeira parada do trajeto, fiéis acompanharam a cerimônia de bênção da padroeira do Pará aos pacientes oncológicos. Há 19 anos o hospital celebra a tradição ao lado de servidores e usuários. A homenagem contou ainda com a participação do cantor Heraldo Ramos e do Ministério Seráficos que entoaram músicas marianas. 
“Este momento é único, portanto, é organizado com muito carinho para que nossos pacientes possam ficar perto da ‘nossa mãezinha’, fazer os pedidos e receber a tão esperada bênção. Além disso, este ano sentimos emoção em dobro porque hoje o hospital completa 111 anos de serviços prestados à nossa população. Sem dúvida é uma instituição que faz parte da história de vida de milhares de pessoas. O nosso pedido especial é que a Virgem de Nazaré ajude nossos profissionais nesta missão de salvar vidas e que derrame uma unção de cura sobre os nossos pacientes”, declarou a diretora-geral, Ivete Vaz.
Passava das 8h quando a imagem peregrina chegou ao HOL. Ansiosos pelo momento, pacientes liberados pela equipe médica foram conduzidos para as arquibancadas montadas em frente à instituição. Crianças e adolescentes assistidos pelo Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) também vivenciaram o momento de fé ao lado das famílias e profissionais.
Foto: Rodrigo Pinheiro / Ag.ParáA moradora do município de Marabá, Rita Silva, 56 anos, acredita viver um milagre. Ela é acompanhada há mais cinco anos pelo hospital, passou por cirurgias e foi internada com suspeita de uma recidiva da doença. “Pensavam que era um câncer novamente, fiquei muito preocupada, mas o especialista constatou que não era um tumor maligno. Se a gente não tiver fé, força, coragem e confiança em Jesus e em Nossa Senhora, a gente não vai pra frente. Só eu sei o que já passei. Foi a primeira vez que a vi de perto, pedi que me desse a cura para que possa voltar para casa em paz, com muita mais fé”, disse Rita.
Todos os anos, a programação religiosa tem o apoio da Guarda HOL, um grupo de 70 servidores voluntários de áreas administrativas e assistenciais que se dedicam a oferecer suporte e a acompanhar os pacientes internados durante o momento de devoção. Servidores como o auxiliar operacional Douglas Rodrigues, responsável por coordenar toda a equipe.
Rita Silva é uma das pacientes em tratamento no Hospital Ophir Loyola que, diante da Imagem Peregrina, pediu a cura para a sua doençaFoto: Rodrigo Pinheiro / Ag.Pará“Nosso trabalho é movido por fé, respeito por nossos pacientes e pelo amor desse mar de gente que compõe o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Nós trazemos os pacientes assim que são liberados pela enfermagem e, esse sentimento de gratidão é tão forte que, mesmo aposentados, alguns servidores fazem questão de se doar para a guarda”, afirmou.
Rita Silva é uma das pacientes em tratamento no Hospital Ophir Loyola que, diante da Imagem Peregrina, pediu a cura para a sua doença
“Eu tenho um lema na minha vida que diz ‘crer, confiar e esperar’. A fé tem me sustentado e podem até dizer que a esperança é a última que morre, mas para mim, a esperança está em Deus e é eterna. Meu coração está pulsando forte, pois estou feliz e muito emocionada. Creio na intercessão de Maria por cada um de nós a cada dia e a cada instante e que não há uma mãe mais perfeita e bondosa como ela”, afirmou a paciente Ângela Lobo, de 58 anos, em tratamento no Hospital Ophir Loyola (HOL).
