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19/06/2022 às 10h49min - Atualizada em 19/06/2022 às 10h49min

PIB do Pará deve crescer 4% em dois anos

A previsão é do Produto Interno Bruto acumulado entre 2020 e 2022, deixando o Estado entre os melhores resultados do Brasil, puxado principalmente pela mineração e o agronegócio, segundo estudos divulgados

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Em 2023, o PIB da região Norte deve apresentar alta de 2,7%, o melhor desempenho do país, graças aos investimentos de ampliação da capacidade de produção da S11D, planta da mineradora Vale, que fica em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, considerado o maior complexo minerador da história da Vale. A análise foi feita pela empresa de consultoria Tendências – referência no Brasil e em economia e finanças e revela que o Pará está entre os estados que podem apresentar resultados positivos do Produto Interno Bruto em 2022 e 2023. A expectativa para a região Norte, segundo a consultoria, é de avanço de 1,5% do PIB total da região, o melhor desempenho do país.

“Em 2022, a economia nortista deve ser beneficiada pela retomada das indústrias extrativa e metalúrgica, após desempenhos modestos em 2021, devido às paradas para manutenção tanto das plantas da Vale quanto das minas de bauxita, responsáveis pela produção de alumina/alumínio”, revela o artigo assinado pelos economistas Camila Saito, Lucas Assis e Thiago Duarte.

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Essa projeção é confirmada por outra consultoria de destaque no Brasil, a MB Associados, que prevê um impacto importante da valorização das commodities no período da pandemia. A consultoria prevê crescimento de 4% no acumulado de 2020 a 2022 para o PIB do Pará. “O Pará tem o impacto da atividade extrativa”, avalia Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Ele ressalta que, junto com o Espírito Santo (3,9% de acumulado do PIB) o Produto Interno Bruto paraense tem o impacto positivo da valorização das commodities. “É natural que isso puxe para cima as projeções em estados como esses”, avalia o economista.

Com relação à economia brasileira, como um todo, em termos qualitativos, a Consultoria Tendências mantém visão cautelosa sobre as perspectivas de crescimento. A projeção é de variação nula do PIB nacional em 2022 e de alta (+1,3%) em 2023, ainda que a estimativa deste ano tenha viés de alta.

“A despeito dos novos fatos — de um lado, valorização das commodities e gastos fiscais e monetários, e de outro, revisão baixista do crescimento mundial e inflação pressionada —, o amplo conjunto de informações disponíveis acerca do cenário macroeconômico, político e sanitário subsidia a visão de baixo dinamismo do PIB no biênio 2022-23”, escrevem os autores.

Eles lembram, no entanto, que, considerando as disparidades econômicas intranacionais, a Tendências [Consultoria] estima que, no período, Norte e Centro-Oeste devam mostrar melhor desempenho entre as regiões, enquanto o Sul deve apresentar dinâmica menos positiva da atividade econômica.

OUTRAS

Com relação à região Sudeste, a expectativa é de variação nula do PIB Total em 2022. Para o próximo ano, o PIB total do Sudeste deve avançar 1,1% ante 2022. “Além da expectativa de crescimento da produção de veículos e de minério de ferro, com retomada de operações da Vale paralisadas em MG e maior produção da Anglo American no complexo Minas Rio, o Sudeste deve se beneficiar da expansão da prestação de serviços às famílias em 2023 (projeção de +1,0% para o PIB de Serviços), minimizando as perdas ainda acumuladas desde o início da pandemia, especialmente favorecida pelos gastos das famílias de maior classe de renda”.

O Centro-Oeste deve apresentar cenário positivo em comparação com as demais regiões, com alta de 1,4% do PIB Total em 2022. “Com maior dependência das atividades associadas ao agronegócio nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás (projeção de +7,3% para o PIB da Agropecuária), a região deve exibir crescimento da produção de milho e algodão, considerando relativa normalização do regime de chuvas, e de carne bovina, a julgar pela maior disponibilidade de animais aptos para abate e de demanda externa ainda aquecida para proteína animal brasileira”.

Já a região Nordeste, analisam, deve contar com efeitos positivos da retomada do turismo, especialmente nos estados de Alagoas, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, em meio ao avanço da vacinação e fim das medidas de isolamento social. Tendo em vista a expectativa favorável para o setor de serviços e comércio na região, o PIB nordestino deve avançar 0,6% em 2022.


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