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04/04/2022 às 12h35min - Atualizada em 04/04/2022 às 12h35min

Aumento de 11% nos preços dos medicamentos já está em vigor

O reajuste, aprovado pelo governo federal na última sexta-feira para 13 mil tipos de remédios

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Como a indústria farmacêutica já havia alertado, os preços de medicamentos vão ficar mais caros em todo o país. O reajuste de 10,89% foi aprovado pelo governo federal na última sexta-feira (1º), por meio da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Segundo a decisão, os novos valores que devem atingir cerca de 13 mil tipos de medicamentos disponíveis no mercado brasileiro, já podem ser aplicados a qualquer momento pelas farmácias e drogarias.

Preço dos alimentos também vai subir no Pará

A feirante Maria Benedita Garcia da Silva, 75 anos, que toma remédio para o controle da pressão e diabetes e outras doenças, já prevê maiores dificuldades para garantir a saúde. “Tem remédio que já cheguei a comprar por R$ 80,00 e hoje mesmo (ontem) tive que pagar R$ 210,00. Todo tempo esses aumentos vêm acontecendo e fica realmente difícil, principalmente para mim que ganho um salário mínimo e preciso complementar a renda só para bancar os gastos com medicação”, conta.

A nova alta, que deve impactar o orçamento das famílias, é a segunda maior aprovada em dez anos, afirma o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma). Ainda segundo o sindicato, entre os fatores que pressionam o aumento no custo da produção de remédios está o dólar, cuja cotação chegou a aumentar quase 40% nos últimos dois anos. Os gastos das empresas com os fretes, que subiu em média 10%,, também contribuíram para o reajuste.

Hélia Melo, 66, precisa tomar até dez comprimidos diferentes, por dia. Para ela, o novo aumento também vai pesar no bolso. “O remédio mais barato que preciso comprar vem custando R$ 13,00. Porém, tem outros como o que tomo para o controle da pressão que custa R$ 110,00 cada, sendo que preciso comprar duas caixas do mesmo por mês. Então, parte do meu salário acaba sendo para medicamentos que a cada dia que passa vão ficando mais caro”, observa.

A Cmed explica que os cálculos utilizados para determinar a atualização dos valores dos medicamentos no Brasil são realizados anualmente, levando em consideração a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou em 10,54%. De acordo com a indústria, o acumulado entre os anos de 2012 a 2021, a inflação geral alcançou 78,91% contra uma variação de preços dos medicamentos de 55,79% no mesmo período.


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