Por mais básico que seja, o café da manhã dos belenenses fechou 2021 com o valor “nas alturas”, segundo aponta os dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), que estudou a variação de preços do café, do açúcar e do pão que vai para a mesa das famílias paraenses. Entre janeiro a dezembro do ano passado, cada item deste sofreu um reajuste que ficou muito acima da inflação, principalmente o café cujo preço aumentou 70%, enquanto que a inflação foi de 10,16% no período.
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Pelos números do Dieese, em janeiro de 2021 o café era vendido, em média, a R$17,83, o quilo. Em dezembro de 2021, o preço médico chegou a R$29,86. Um aumento equivalente a 69,47%. “Foi uma alta recorde”, define Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese/PA.
O levantamento desconsidera o leite e verifica apenas o “cafézinho preto”, adoçado com açúcar. Aliás, a disparada no valor do quilo do açúcar comercializado nos principais supermercados de Belém no ano passado foi de 50%, ou seja, cinco vezes mais que a inflação.
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Em janeiro do ano passado, um quilo de açúcar era vendido, em média, R$3,69. Em dezembro, o produto era comercializado, em média, por R$5,35. Em outras palavras, o alimento sofreu um reajuste de 50,28% de preço em doze meses, na capital paraense. “Como na cesta básica a previsão de Consumo Mensal de Açúcar por trabalhador no Pará é de 3 Kg, o gasto total no mês passado atingiu R$16,05 com um impacto de 1,58% em relação ao salário mínimo de R$ 1.100,00, que vigorou até 31 de dezembro de 2021”, analisou Sena.
PÃO
O único item do café da manhã do paraense que não apresentou um reajuste inferior à inflação foi o pão francês (o pular pão careca), mesmo assim o preço pesa no bolso das famílias. Segundo o Dieese/PA, há um ano (janeiro de 2021) o quilo do pão custava, em média, R$10,99. No mês passado (dezembro de 2021), foi comercializado por R$11,80, em média. Estes valores representam um aumento de 7,37%. “Uma das justificativas do setor para este aumento, se dá por conta da alta do dólar, que elevou o preço do principal insumo do pão, que é o trigo”, pontua Sena.
