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05/11/2019 às 12h19min - Atualizada em 05/11/2019 às 12h19min

​Projeto de privatização da Eletrobras prevê União com menos de 50% das ações e sem poder de veto

Projeto que permite a privatização da Eletrobras deve ser assinado nesta terça-feira pelo presidente Jair Bolsonaro.

- Jornal In Foco
G1
Reprodução: Internet
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta terça-feira (5) que o projeto de lei que permitirá a privatização da Eletrobras prevê que a União fique com menos de 50% das ações da empresa.
 
O projeto também não prevê ações especiais com poder de veto, as chamadas 'golden share'.
 
Segundo o ministro, a proposta será assinada nesta terça-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, durante a cerimônia em comemoração aos 300 dias de governo. Em seguida, será encaminhada ao Congresso Nacional.
 
A privatização ocorrerá por emissões de ações. Com os recursos dessa emissão, a Eletrobras terá que pagar R$ 16,2 bilhões para a União pela retirada de hidrelétricas do chamado regime de cotas.
 
O ministro disse que a previsão é que o processo de capitalização, com a emissão de ações, deve ocorrer no segundo semestre de 2020.
 
Criado em 2013, o regime de cotas estabeleceu que a energia produzida por uma parte das usinas da estatal seria vendida aos consumidores a valores mais baixos que o de mercado. Com a retirada dessas usinas do regime, a Eletrobras poderá voltar a vender a energia a preço de mercado (mais alto).
 
Custo para a Eletrobras
 
Além dos R$ 16,2 bilhões para a União, a Eletrobras terá que destinar cerca de R$ 8 bilhões para reduzir subsídios da conta de luz. Esse dinheiro deve ser aplicado na Conta de Desenvolvimento Energética (CDE) e R$ 3,5 bilhões para a revitalização do Rio São Francisco. O valor destinado ao Rio São Francisco deve ser aplicado ao longo de 10 anos.

Qualquer recurso além dos R$ 16,2 bilhões que a Eletrobras arrecadar com a emissão de ações poderá ficar com a empresa para fazer investimentos.
 
Outros pontos do projeto
 
Segundo o ministro Bento Albuquerque, o projeto que deve ser encaminhado ao Congresso Nacional também prevê a inclusão da Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND) e que nenhum acionista terá mais de 10% de poder de voto, inclusive a União.
 
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