Após a emancipação política do município de Parauapebas, em 10 de maio de 1988, quando aconteceu o desmembramento do município de Marabá, em 15 de novembro de 1988 o médico Faisal Salmen (PTB) foi eleito primeiro prefeito de Parauapebas, com 4.086 votos válidos (35%). Renato de Souza Araújo foi eleito vice-prefeito em uma eleição que contou com outros 4 candidatos:
No total votaram 11.658 eleitores (9.670 votos nominais, 1545 votos em branco e 443 votos foram anulados) a comparecerem ao pleito.
Essa eleição foi regulada pela Lei 7.664, de 29 de junho de 1988, que em seu artigo 2º dizia que as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereadores seriam realizadas em 15 de novembro daquele ano para os municípios que haviam sido criados até 15 de julho de 1988.
Faisal Salmen (in memoriam) iria ser afastado do cargo em 21 de maio de 1991 sob a acusação de corrupção. O vice, Renato Araújo assumiu seu lugar por 45 dias, quando o prefeito retornou ao cargo amparado por um Habeas Corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Junto com o médico Faisal Salmen foram eleitos 9 vereadores que formaram a 1ª Legislatura da Câmara Municipal de Parauapebas. Foram eles:
O primeiro presidente da Câmara Municipal de Parauapebas foi José Dionísio dos Santos. Popularmente conhecido por Zé do Galo (PTB), ele era empresário no ramo do turismo, proprietário do Gallos Hotel, e presidiu a CMP no biênio 1989/1990. Zé do Galo (in memoriam) era uma figura simplória, semialfabetizada, e ficou conhecido durante a primeira campanha política no município após uma troca de tapas com o militar responsável pela PM local na Rua do Comércio, uma das principais do município à época. O fato lhe trouxe popularidade e o fez conseguir 251 votos, ficando entre os eleitos naquele pleito.
O mais votado para a CMP em 1988, no entanto, foi Odílio Rosa da Hora, um funcionário da Vale em Carajás. Concorrendo pelo PT, Odílio obteve significantes 459 votos, mas seu partido (PT) não conseguiu obter o quociente eleitoral para uma cadeira na Câmara Municipal de Parauapebas, que foi de 1.176 votos. O PT fez apenas 1.026 votos.
Na primeira legislatura, o salário de um vereador era o equivalente a 3 (três) salários mínimos, que à época era de NCz$ 788,12 (setecentos e oitenta e oito Cruzados Novos e doze centavos).
O segundo presidente da CMP da 1ª Legislatura foi o empresário Milton Alves Martins (in memoriam), do PDT. Ele presidiu a casa entre 1991 e 1992.
Confira a ata da primeira eleição em Parauapebas, um documento inédito a que o blog teve acesso. Agradecemos aos funcionários do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, em Belém, por disponibilizar o documento com exclusividade ao Blog do Zé Dudu.
Em 19 de setembro de 1991 o vereador João Prudêncio de Brito (PDT) foi brutalmente assassinado nas proximidades de sua residência. A polícia nunca chegou aos autores ou mandantes de sua execução. Em seu lugar assumiu Valdir da Usina, que coincidentemente havia obtido o mesmo número de votos de João (140), mas perdera a vaga por ser civilmente mais jovem.