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31/08/2023 às 13h39min - Atualizada em 31/08/2023 às 13h39min

Trabalhadores em situação análoga à escravidão são resgatados em Canaã

Trabalhadores foram encontrados no garimpo Nova Jerusalém. Operação queimou maquinário dos garimpeiros

Gazeta Carajás

Nove trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão nesta terça-feira (29) em Canaã dos Carajás. Os trabalhadores foram encontrados no garimpo Nova Jerusalém, que fica na zona rural do município. A operação foi realizada pela Polícia Federal em conjunto com Ibama e ICMBio. No local, também foram queimadas 11 estruturas de extração de cobre, 11 guinchos eixos de suspensão, apreendidos 25 quilos de explosivos, 50 metros de cabos detonadores e 50 espoletas de detonação. Foram implodidos, ainda, postes de energia e transformadores de energia clandestina que alimentava o funcionamento do garimpo.

Além de Canaã, outros três operações simultâneas foram realizadasnos municípios de Curionópolis, Marabá e Parauapebas - as quatro receberam os nomes Farra do Manganês, Sete Nove 25, Serra Leste e Vila Nova Jerusalém.

Duas pessoas foram presas em flagrante por extração ilegal de recursos minerais e crimes ambientais. Além disso, foram apreendidos e inutilizados dezenas de equipamentos em garimpos e locais de beneficiamento de cobre, ouro e manganês. A operação também contou com o apoio do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e Força Nacional de Segurança Pública.

As operações simultâneas mobilizaram mais de 100 agentes e cumpriram 20 mandados de busca e apreensão. Foram inutilizadas 17 escavadeiras e tratores, quatro britadores, quatro geradores, dois veículos e vários outros equipamentos como esteiras, motores-bomba e motores estacionários. Uma pistola e duas escavadeiras foram apreendidas e em seguida entregues a depositários fiéis.

Além do grave dano ambiental causado pela mineração ilegal, tendo em vista que não há compatibilização com o meio ambiente sustentável, deve ser destacado que os bens minerais pertencem à União, que deixa de arrecadar bilhões de reais com as atividades clandestinas de extração, transporte e exportação do minério.

O combate aos garimpos ilegais na região é feito constantemente pela Polícia Federal. As operações atuais são desdobramentos de outras recentes. Em novembro do ano passado foi deflagrada a operação Curto-circuito, por conta da ameaça ao linhão de Belo Monte. Em fevereiro deste ano, a PF voltou a reprimir o crime, dessa vez em pontos próximos a outro linhão, o Xingu-Rio. Nessa operação, foi feito bloqueio de bens avaliados em R$ 361 milhões.

Se confirmada a hipótese criminal, os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, crime de usurpação de recursos da União (extração ilegal de minério), associação criminosa, dentre outros. As investigações seguem em andamento.

(Com informações da Ascom/PF)


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