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16/04/2024 às 11h02min - Atualizada em 16/04/2024 às 11h02min

Documentos indicam que corpos encontrados em barco à deriva no Pará seriam de africanos, diz PF

NNC

 A PF iniciou na noite desta segunda-feira (15/4) o trabalho de identificação dos corpos, adotando protocolos de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI)

Belém/PA - A Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Científica do Pará, iniciou na noite desta segunda-feira (15/4) os trabalhos de identificação dos corpos encontrados em embarcação à deriva na região de Bragança, no nordeste do estado, no último sábado (13/04).

O trabalho realizado pelas instituições tem por objetivo estabelecer a identidade dos corpos adotando protocolos de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). Além da identidade, os trabalhos periciais terão por objetivo verificar a origem dos passageiros, a causa e o tempo estimado dos óbitos.

Ao todo, foram encontrados nove corpos, sendo oito dentro da embarcação e um nono corpo próximo a ela, em circunstâncias que sugeriam fazer parte do mesmo grupo de vítimas.

Documentos e objetos encontrados junto aos corpos apontam que as vítimas eram migrantes do continente africano, da região da Mauritânia e Mali, não sendo possível descartar a existência de pessoas de outras nacionalidades.

As atividades de identificação são realizadas na sequência da ação de resgate, que teve participação da Polícia Federal, Marinha do Brasil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Cientifica, Defesa Civil, Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará, Defesa Civil do Pará, Guarda Civil Municipal, Departamento Municipal de Trânsito de Bragança e Prefeitura de Bragança.

O barco foi encontrado na região do Salgado, no nordeste do estado, de acordo com informações da Polícia Federal. Essa região abrange 11 municípios, como Salinópolis, São João de Pirabas e Terra Alta. Alguns corpos estariam em estado de decomposição.

Segundo a PF, os trabalhos de busca e resgate da embarcação transcorreram das 7h, quando a equipe chegou ao porto de Vila do Castelo, até as 23h30 de domingo. Participaram das ações uma embarcação da Marinha e um bote dos Bombeiros Militares.

De acordo com o capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Ewerton Calfa, a embarcação encontrada era "aparentemente artesanal". Além disso, o barco não tinha motor, leme nem características que permitam a identificação de sua origem em um primeiro momento. Içada do rio nesta segunda-feira, a embarcação seguirá para perícia no Instituto Médico Legal, que deve durar até esta terça-feira (16/4).

A Marinha detalha que o barco foi fabricado com fibra de vidro, e tem cerca de 13 metros de comprimento.  Além disso, não apresenta sinais de danos estruturais, indicando não ter passado por naufrágio.

 

Fonte: PF


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