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21/04/2018 às 13h14min - Atualizada em 21/04/2018 às 13h14min

​Aldeia indígena de Canaã dos Carajás recebe visita de artistas e da FUNCEL

No dia 19 de abril é comemorado o dia do índio, e na quinta-feira desta semana, a aldeia Kanaí, que fica VS 47, Canaã dos Carajás, recebeu visita de artistas da cidade no dia da festa em que reunia 3 tribos diferentes.

Virginia Antony - Jornal In Foco
Virginia Antiny
O ator Júnior Vaz e Heloísa poetisa foram até o local na quinta-feira passada, e ali constataram algumas dificuldades enfrentadas pelos Atikum, até mesmo para realizar a festa que acontece todos os anos no dia do índio. Sendo assim, eles entraram em contato com a redação do Jornal In Foco, e também com a Fundação Municipal de Cultura Esporte e Lazer – FUNCEL, que já havia viabilizado à ida deles até o local.


Foto: Secretario da FUNCEL Jander Fonteles junto aos menbros da aldeia.

O campo de futebol que há dentro do espaço indígena, estava tomado pelo mato, e eles tentavam diminuir usando um facão, a fim de garantir parte da diversão do encontro entre as tribos. Com isto, Jander Fonteles, secretário da FUNCEL, enviou uma equipe até o lugar na manhã da sexta-feira (20), para capinar e limpar o campo, atendendo num primeiro momento essa dificuldade. Ainda na sexta, no fim da tarde, o secretário foi pessoalmente até a aldeia Kanaí para conversar com integrantes indígenas, e verificar de perto as principais demandas do lugar, e a nossa reportagem o acompanhou. 


Foto:Cacique Cícero Livino de Lucena Atikum

Quem conversou com a gente foi o Cacique Cícero Livino de Lucena Atikum, de 84 anos. Durante a conversa ele nos disse como vivem, e um sobre a história do seu povo. Logo após, chegaram também alguns dos filhos do Cacique Cícero que compartilharam mais sobre aldeia Kanaí.



Eles vieram de Floresta, Pernambuco, e já estão em Canaã dos Carajás desde 1984. A aldeia Kanaí leva este nome por fazer referência a Canaã que no termo bíblico entende-se como Terra Prometida. Na aldeia vivem cerca de 40 famílias que se dividem no espaço de 10 alqueires que conseguiram através do Incra.

Os Atikum sofreram bastante com a escravidão ainda em Pernambuco, uma delas foi a perda do dialeto, passaram a falar o português, mas eles ainda mantêm a identidade indígena, mesmo com as diferentes influências culturais. Lá eles fazem artesanato, se pintam, produzem as vestimentas que lhe são peculiares e cultivam a agricultura da onde vem a maior parte da sua alimentação.

Um estudo mostrou que os Atikum estão espalhados em pelo menos outros cinco estados brasileiros: Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e em Pernambuco onde concentra a maior parte.
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