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10/09/2022 às 09h16min - Atualizada em 10/09/2022 às 09h13min

Turismo no Círio vai injetar R$ 100 milhões na economia

Estimativa do Dieese e da Setur é que 50 mil turistas venham de fora do Estado e até de outros países para passar a quadra nazarena na capital paraense em outubro

Heitor silva - jornalinfoco.com
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Ontem (09), o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), em parceria com o Dieese-PA, apresentou os números da estimativa de turistas na cidade de Belém no período do Círio 2022. Os dados revelam um momento de retomada, ainda que tímida, do setor de turismo e da economia do estado após a impossibilidade de realização das romarias devido a pandemia do coronavírus. A pesquisa teve o apoio da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), Infraero, Sinart, Sindicato dos Hotéis, Companhia Independente de Policiamento Turístico (CIPTUR) e BelemTur.

Este ano, a estimativa é que 50 mil turistas de fora do estado do Pará visitem a cidade Belém por ocasião do Círio 2022. O número representa um crescimento de 66,7% em relação ao ano passado, com a expectativa de cerca de 30 mil turistas. Em decorrência disso, a estimativa de gasto médio dos visitantes de fora do estado é de U$19,1 milhões de dólares, correspondente a R$ 100 milhões. O volume de renda esperado aponta um crescimento de aproximadamente 66,1% em relação aos gastos calculados no ano anterior, U$11,5 milhões de dólares.

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Segundo Roberto Sena, economista do Dieese-PA, a realização da pesquisa teve o objetivo de mapear a relevância que o período do Círio tem para todos os setores da cidade de Belém. “Esses números mostram a magnitude do Círio. Tem gente que age com o coração e acha que vai dar muito mais gente, só que os números, na verdade, não mostram essa realidade por causa de uma conjuntura em que 78% das famílias estão endividadas e as passagens subiram 100%. Isso tem que ter delineado para determinar os números”, esclarece.

PLANEJAMENTO

De acordo com o Secretário de Turismo do Pará, André Dias, o levantamento é essencial para o planejamento das ações de turismo na recepção do público na capital durante o Círio deste ano. “Nós podemos ver onde nós podemos melhorar, identificar quais são os nossos pontos fortes e reforçá-los, compreender cada vez mais quem é o turista que vem para Belém e onde esse turista gostaria de visitar ainda dentro do estado do Pará. Isso ajuda a gente a preparar melhor a infraestrutura, a receber melhor o turista e a identificar quais são os potenciais turistas que ainda não estão vindo para que a gente possa reforçar a promoção turística do estado e do evento no Brasil e no mundo. Assim, a gente pode gerar mais emprego e renda a partir desse evento, especialmente com as pessoas que trabalham com turismo”, afirma.

PERFIL

Conforme o levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), os principais turistas que chegam à capital são provenientes dos estados de São Paulo (12,75%), Maranhão (12,21%), Ceará (11,67%), Rio de Janeiro (8,41%), Amazonas (6,51%), Amapá (5,43%), Rio Grande do Sul (3,93%) e Pernambuco (3,80%), sendo a renda da maioria dos visitantes entre 3 a 5 salários (31,37%). O estudo ainda demonstra que a principal forma de hospedagem são os hotéis (46,79%), seguido pela casa de parentes (30,37%) e amigos (16,55%) e casa alugada (2,74%).

Ainda de acordo com o Dieese-PA, o tempo médio de permanência dos turistas em Belém é de 6,9 dias, período em que eles aproveitam para visitar, majoritariamente, três locais: Basílica de Nazaré (26%), Estação das Docas (24%) e Ver-O-Peso (23%). Por ocasião da visita ao Círio de Nazaré, os viajantes ainda desejam conhecer os municípios do interior do Pará, como Salinas (17,35%), Marajó (13,63%), Combu (9,57%), Marudá (8,97%), entre outras localidades do nordeste paraense.

A intenção dos turistas de conhecer as localidades tanto da capital como os municípios do interior deve movimentar a economia do estado. “A nossa estimativa é que essas 50 mil pessoas é que injetem na nossa economia algo em torno de 100 milhões de reais. Toda economia acaba ganhando”, analisa André Dias, secretário da Setur.

 ( Reprodução )
  
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