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08/11/2021 às 17h00min - Atualizada em 08/11/2021 às 17h00min

Como reduzir as despesas de casa? Confira 9 dicas!

Com a alta nos preços de itens essenciais, o trabalhador enfrenta o desafio de fazer o salário render para garantir o alimento.

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Na ida ao supermercado ou ao posto de combustível, durante a troca do botijão de gás e na conferência da conta de energia a constatação tem sido uma só: está tudo caro. Diante da alta nos preços de itens essenciais, o trabalhador tem enfrentado diariamente o desafio de fazer o salário render para garantir o alimento na mesa. E as famílias têm desenvolvido suas próprias estratégias para driblar a inflação.

Com as sacolas já pesando nas mãos durante a caminhada pela feira da Terra Firme, o aposentado José Ribamar Souza, 62 anos, não desiste de continuar procurando pelo melhor preço. Ainda que a andança signifique um percurso mais longo a percorrer, ele conta que a pesquisa de preços ainda é a melhor estratégia para tentar fazer o dinheiro render.

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“A gente tem que procurar pechinchar os preços, pesquisar mesmo para ver se encontra o melhor preço. Aqui nessa mesma feira eu encontrei três preços de banana e vou comprar nessa aqui que foi a mais barata que eu encontrei”, conta, ao revelar as estratégias que passou a adotar a partir da subida frequente dos preços dos alimentos.

“Outra solução é diminuir mesmo a quantidade de comida. Se estava acostumado a comer três bananas, agora come só duas. A gente procura fazer o almoço só naquela quantidade já certa que sabe que vai acabar naquela refeição mesmo para não sobrar. Essa é a única maneira de lidar com esses preços altos”.

A pesquisa de preços também é frequente na rotina da doceira e salgadeira Maria Guilhermina, 68 anos. Reconhecendo a necessidade de ter que entrar em supermercados diferentes para garantir a compra da semana, ela conta que costuma sair uma hora mais cedo do que habitualmente fazia para ter tempo suficiente para pesquisar os preços com calma.

“Eu vou entrando de supermercado em supermercado e vendo o que está mais barato. Em um eu compro uma parte e em outro a outra parte. Assim a gente vai levando”, conta. “Outra alternativa é não comprar um produto que você vê que está muito caro naquela semana. Deixa passar e você vê se ele baixou de preço na semana seguinte”.

Para que tal estratégia dê certo, Maria Guilhermina aponta que é necessário fazer substituições. Ela lembra, ainda, que, em muitos casos, a troca favorece não apenas o bolso, mas também a saúde. “Se a batata está cara, faz abóbora. Se o macarrão está caro, eu faço macarrão de abobrinha que é um legume que é mais em conta e é até mais saudável”, considera. “Nas proteínas, se a carne está cara, troco pelo frango. Se o frango também está caro, vou para a carne de soja. Também dá para fazer uma omelete bem temperadinha, coloca cheiro verde, coloca cebola. A gente tem que apelar para o que está mais barato”.

No caso do gás, a trabalhadora aponta que a estratégia é planejar os preparos dos alimentos de maneira que seja possível aproveitar da melhor forma o gás. Nesse caso, vale priorizar a panela de pressão para os alimentos que demoram mais para cozinhar e até mesmo optar pelo preparo de proteínas na brasa da churrasqueira.

“Deixa para fazer no fogão só o que for mais duro mesmo e usa a panela de pressão porque ela vai cozinhar muito mais rápido e, com isso, usa menos gás, já economiza. Quem faz a nossa economia somos nós, então tem que ter criatividade”.

SUBSTITUIÇÕES

Além de evitar o preparo de alimentos que demandam muito tempo de cozimento para economizar o gás, a aposentada Augustinha Fernandes da Silva, 65 anos, conta que tem precisado substituir os alimentos que estava habituada a comer, para conseguir enfrentar a situação complicada da alta nos preços. “Eu tenho consumido mais miúdos porque até o frango está muito caro. Assim nós vamos levando”, conta. “Deixo o gás do fogão mais para passar um café, coisas mais rápidas. O que der para fazer no carvão, eu faço”.

No caso da assalariada Márcia Bonfim, 46 anos, além da própria alimentação, a busca pela economia também está na energia elétrica. Com apenas três aparelhos eletrônicos em casa, ela conta que precisa controlar o tempo de uso para tentar reduzir o valor da conta de energia. “Aqui eu tenho só uma geladeira, um ventilador e uma televisão. A gente usa as coisas mais à noite mesmo porque, se não, não tem quem aguente pagar luz. O trabalhador hoje trabalha só para comer e pagar energia”, considera. “A carestia está muito alta”.

Estratégias

1 – Pesquise até encontrar o melhor preço

Ainda que isso signifique ter que andar um pouco mais na feira, evite comprar na primeira banca que você parar. Dê uma circulada por toda a feira, prestando atenção nos preços oferecidos, até encontrar o mais vantajoso. Mesmo uma diferença de R$1 a R$2 já impacta no orçamento final.

2 – Pechinche

A realização das compras nas feiras guarda a vantagem de poder negociar diretamente com o vendedor. Sempre que tiver oportunidade, pechinche um desconto no produto que você quer levar. Muitas vezes a tentativa pode resultar em economia.

3 – Cozinhe as porções exatas para cada refeição

Evite cozinhar uma quantidade grande de comida para cada refeição. O ideal é identificar a quantidade exata que a sua família consome, de uma só vez, naquela refeição. Com isso, você evita sobras que podem acabar sendo desperdiçadas futuramente.

4 – Fracione as compras entre diferentes supermercados

No caso de quem costuma fazer as compras em supermercados, uma saída é comprar em mais de um local, aproveitando os melhores preços em cada estabelecimento. Para isso, pode ser necessário entrar em mais de um ou dois supermercados para garantir a compra da semana, mas a economia também pode ser significativa.

5- Não compre produtos que estão com o preço muito acima do normal.

Se um produto está muito caro naquela semana, o ideal é não consumi-lo e esperar para ver como o preço irá se comportar na semana seguinte. Pode ser que, com vários consumidores deixando de comprar, o preço baixe no futuro próximo.

6 – Faça substituições.

Se um produto está muito caro, substitua-o por outro. No caso da batata, é possível substituí-la pela abóbora, por exemplo. Se o macarrão está caro, é possível fazer um macarrão de abobrinha, fatiando o legume em pequenas tirinhas que se assemelham ao formato do macarrão e cozinhando-o da mesma forma que faria com o macarrão de trigo. Nas proteínas, substitua a carne pelo frango ou pela carne de soja. Outra alternativa é a utilização de ovos para a produção de omeletes recheadas com legumes.

7- Faça bom uso da panela de pressão

Planejar os preparos dos alimentos de maneira que seja possível aproveitar da melhor forma a panela de pressão pode contribuir com a economia do gás. Nesse caso, vale priorizar a panela de pressão para os alimentos que demoram mais para cozinhar.

8 – Quando for possível e seguro, prepare as proteínas na brasa

Quando for possível, opte por assar as proteínas na brasa e deixe para preparar no fogão os alimentos que cozinham mais rapidamente.

9 – Controle o uso dos equipamentos eletrônicos

Para que a conta de energia não pese ainda mais no orçamento no final do mês, busque controlar o uso dos equipamentos eletrônicos. É possível fazer isso optando por ligar os equipamentos que consomem mais energia apenas no período da noite.


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