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09/07/2021 às 15h09min - Atualizada em 09/07/2021 às 15h09min

Testes clínicos da ButanVac são iniciados hoje em Ribeirão Preto

Anvisa aprova início dos testes em humanos da nova vacina do Butantan

Agência Brasil

Os testes clínicos com a versão totalmente brasileira da vacina CoronaVac tiveram início hoje (9) na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. A vacina, chamada ButanVac, é fruto da cooperação e transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e a indústria farmacêutica chinesa Sinovac.

Um grupo de voluntários participa nesta sexta-feira da etapa de triagem no Hemocentro de Ribeirão Preto, centro de pesquisa vinculado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo e que é responsável pela parte inicial do estudo.

Na última quarta-feira (7), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o início dos testes em humanos da ButanVac. As fases 1 e 2 dos ensaios clínicos da ButanVac serão divididas nas etapas A, B e C. A etapa A vai envolver 418 voluntários de Ribeirão Preto com o objetivo de avaliar segurança e seleção de dose (dose de imunizante que será incorporada na vacina definitiva). Nela, o grupo de pessoas vacinadas será comparado a um grupo controle que receberá placebo.

Já as etapas B e C terão como objetivo avaliar a resposta imune e envolverão mais de 5 mil voluntários. Nelas, será feita a comparação entre o desempenho da nova vacina do Butantan contra a covid-19 e outras vacinas que estão em uso. Além da eficácia geral da ButanVac, os ensaios clínicos vão avaliar seu desempenho diante das novas variantes do SARS-CoV-2.

Farão parte do estudo pessoas não vacinadas e que não foram expostas ao vírus. Para ser voluntário, é preciso ter mais de 18 anos e se inscrever junto ao Hemocentro de Ribeirão Preto.

A previsão é que a pesquisa dure 17 semanas, mas o prazo pode ser alterado porque as etapas são progressivas, ou seja, só há avanço após a conclusão do estágio anterior e com base na análise dos dados obtidos. Todo o processo será acompanhado pela Anvisa e as conclusões finais serão encaminhadas à agência para solicitar a autorização de uso emergencial.

Durante o evento de inauguração dos testes, o governo de São Paulo disse "que será necessária outra rodada de vacinação contra covid-19 em 2022."

ButanVac

A tecnologia da ButanVac utiliza um vetor viral que contém a proteína Spike do novo coronavírus de forma íntegra. O vírus utilizado como vetor é o da doença de Newcastle, uma infecção que afeta aves. Essa tecnologia foi desenvolvida por cientistas na Icahn School of Medicine de Mount Sinai, em Nova York. A proteína S estabilizada do vírus SARS-CoV-2 utilizada na vacina com tecnologia HexaPro foi desenvolvida na Universidade do Texas em Austin.

A principal vantagem da ButanVac é que sua produção é inteiramente brasileira e não depende de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) de outros países.

Edição: Valéria Aguiar


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