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30/09/2017 às 16h06min - Atualizada em 30/09/2017 às 16h06min

Fundo Municipal de Desenvolvimento é realidade e estará disponível ainda este ano, aponta equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico

Após críticas do vereador Wilson Leite na última sessão, equipe técnica fala sobre a importância do Fundo de Desenvolvimento para o município e diz: “Já estamos em fase final para a liberação”

Kleysykennyson Carneiro - Jornal In Foco
Fotos: Kleysykennyson Carneiro
O vereador Wilson Leite não economizou nas críticas quanto à demora para a liberação do Fundo Municipal de Desenvolvimento na última Sessão Ordinária do Legislativo, realizada na quarta-feira (27). De acordo com o parlamentar, existe na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico muita burocracia no acesso ao Fundo. Wilson afirmou, na ocasião, que está buscando soluções para a tão almejada implantação do Polo Moveleiro no município. A fala do legislador causou polêmica e a dúvida surgiu no município: Qual a razão da demora para a liberação do dinheiro para os pequenos empreendedores locais?
 
A convite do secretário Jurandir José, titular da pasta de desenvolvimento, a equipe do Jornal In Foco esteve presente em uma reunião realizada na tarde desta sexta-feira (29) com membros da Cooperativa Agropecuária de Canaã dos Carajás e região. Além da equipe técnica da Secretaria, composta por Cassandra Ferreira, Mauro Correia e o próprio secretário, o presidente da Cooperativa, Valdivino do Prado, a diretora da Agência Canaã, Graça Reis, e o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Pará (OCB), Ernandes Raiol.
 
Na pauta da reunião, um debate sobre a importância das cooperativas para o desenvolvimento econômico e social de uma região. A Cooperativa Agropecuária conta hoje com quase 100 associados ativos e pretende produzir na cidade laticínios de qualidade, gerar emprego e renda para o município e, de quebra, contribuir para um melhor Índice de Desenvolvimento Social em Canaã. Para tanto, a Cooperativa necessitará do auxílio do Fundo Municipal. A contrapartida do município será de 20% do valor total necessário para a fabricação dos laticínios. O restante do valor será financiado pelo Banco do Produtor, junto ao Banpará.


 
Como o Fundo ainda está em fase final de licitação e nem teria condições de arcar com o valor requerido, o compromisso de se firmar uma Carta de Intenção de Financiamento foi feito. Com isso, a Cooperativa poderá apresentar ao banco a garantia de que o valor da contrapartida será, de fato, depositado pelo município. A ideia é dar celeridade na produção pretendida pela associação e ainda ganhar tempo até a disponibilização do Fundo. Vale ressaltar que a Carta de Intenção ainda será apresentada ao Conselho Gestor e está sujeita a avaliação.
 
Valdivino do Prado falou sobre o propósito da Cooperativa que preside e a importância do compromisso firmado: “Nós estamos há cinco anos trabalhando nesse projeto de laticínio que transformará o leite em pelo menos 12 produtos. Como o volume do projeto é alto, precisamos dessa contrapartida de pelo menos 20%. Hoje o Fundo está criado e já é realidade e vem para facilitar a vida do produtor. O próximo passo é redimensionar o projeto e, obtendo, essa aprovação, com o amparo dos 20%, conseguiremos implantar o laticínio que, eu costumo dizer, é genuinamente canaense e genuinamente cooperado e vai valorizar o homem do campo. Todos sairão ganhando.”
 
Já o especialista em cooperativas, Ernandes Raiol, explicou a importância delas para o desenvolvimento das regiões: “O cooperativismo é importante para qualquer município, visto que ele agrega todo e qualquer tipo de produção ou serviço, da menor à maior categoria. Dentro desta ótica, o cooperativismo desenvolve a região onde está instalado, pois ele trabalha no dia-a-dia, as pessoas assumem a posição dos serviços e fazem tudo acontecer. O mais interessante é que a cooperativa, sendo um braço econômico de uma comunidade, busca agregar, faz as parcerias com os municípios, estados e também com a iniciativa privada. Vale lembrar que onde tem cooperativa, o IDH é bem maior, bem como o ganho salarial.”
 
Falando sobre a questão do Fundo Municipal de Desenvolvimento, o economista Mauro Correia deixou claro que não há nada parado e tudo está acontecendo de maneira a seguir o cronograma padrão da implantação: “Com relação à polêmica, a Secretaria precisa dar uma resposta à sociedade de que tudo é um processo. A Prefeitura, através desta pasta, está ofertando e tudo que se oferta é regulamentado, temos que seguir um parâmetro normativo aprovado pela Câmara e realmente nós temos que dar satisfação para a sociedade, mas sempre dentro deste cronograma de adaptação que nós estamos seguindo. É tudo muito novo, ele não existe no estado, é todo um modelo novo de produto oferecido para alavancar a economia. Não queremos burocratizar, pelo contrário, a pessoa que estiver legalizada terá uma resposta em no máximo 10 dias, seja ela positiva ou negativa. O Fundo não está parado, diria que 95% dele já está concluído, agora é só uma questão de ajustes.”
 
Jurandir José também falou sobre o assunto: “Eu entendo a demora e as cobranças, mas é todo um processo legal, pois é dinheiro público, precisa ser prestado conta e não pode ser liberado de qualquer forma. Não estamos medindo esforços para liberar recursos, tanto para o Polo Moveleiro, quanto para a Cooperativa, e também para os Microempreendedores Individuais. Nós já temos acima de R$ 1 milhão e 300 mil no Fundo e nos próximos dias já será liberado.”


 
Após a visita à Secretaria, ficou claro que o projeto inovador do Fundo continua a pleno vapor. Essa já é a última fase do processo e, em breve, milhares de pessoas serão beneficiadas de forma direta e indireta pela iniciativa do governo municipal.         
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