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13/03/2020 às 14h36min - Atualizada em 13/03/2020 às 14h36min

Diretor da FPF, Silvio Saraiva, diz que não houve descumprimento do Estatuto do Torcedor

“A tabela foi divulgada em tempo hábil com 65 dias antes”, diz diretor de competições

- Jornal In Foco
Zé Dudu
Zé Dudu

O Campeonato Paraense de 2020 está a todo vapor em uma disputa acirrada entre os dois maiores da capital, Remo e Paysandu, que atualmente lideram o estadual, contra as demais equipes do interior do estado. Enquanto a bola vai rolando, os bastidores da competição estão pegando fogo, tudo porque a Federação Paraense de Futebol (FPF), segundo o Ministério Público, descumpriu o Estatuto do Torcedor em relação a tabela oficial de jogos do Parazão desta temporada.

O imbróglio aconteceu no mês de dezembro do ano passado, quando a FPF já tinha divulgado a tabela da competição em reunião do conselho técnico e todos os clubes participantes concordaram com o regulamento proposto, inclusive os representantes de cada equipe assinaram o documento. Dias depois, a pedido do presidente Ricardo Gluck Paul, do Paysandu Sport Club, principal time a questionar a tabela pelo fato do novo formato ter apenas um clássico Re x Pa, e que o rival Clube do Remo teria um mando de campo a mais que os bicolores, a federação acabou voltando atrás e reformulou toda a tabela.

O Estatuto do Torcedor diz em seu artigo 9° da Lei nº 10.671 de 15 de Maio de 2003: “É direito do torcedor que o regulamento, as tabelas da competição e o nome do Ouvidor da Competição sejam divulgados até 60 (sessenta) dias antes de seu início”. Sendo assim, a FPF não respeitou esse prazo de lei, já que o Campeonato Paraense começou no dia 18 de janeiro com a partida entre Independente e Castanhal, realizada no Estádio Parque do Bacurau, em Cametá, e a tabela de jogos com as mudanças foi divulgada no dia 16 de dezembro.

Segundo o Ministério Público, essa negligência da FPF pode resultar em suspensão de todos os dirigentes envolvidos, impedindo de usufruir de qualquer benefício fiscal em âmbito federal, sendo suspensos por seis meses e tendo repasses de recursos públicos federais da administração de maneira direta e indireta, por outra suspensão de seis meses. O caso pode se agravar pelo fato de não ser a primeira vez que a FPF descumpre o Estatuto do Torcedor, se tornando uma rotina dentro da casa do futebol paraense.

Essa vista grossa da federação para o estatuto, segundo o Ministério Público, não acontece somente no Campeonato Paraense da 1ª divisão. A chamada Segundinha, também sofre alterações e até mesmo as competições de base promovidas pela FPF. O diretor de competições da Federação Paraense de Futebol, Silvio Saraiva, afirma que não houve descumprimento do estatuto.

“A tabela foi divulgada em tempo hábil com 65 dias antes. Ela continha as oito equipes classificadas, e só estávamos esperando os dois classificados da Segundinha, o primeiro e o segundo colocado, no caso o Carajás e o Itupiranga. O problema se deu porque a pessoas não atentaram ao fato, que o Paysandu não concordou posteriormente com a tabela e pediu a mudança e foi mudada a fórmula e a tabela, sendo que foi postada novamente e estão contanto a partir dessa mudança do Paysandu. Na verdade o Estatuto do Torcedor não foi descumprido e sim cumprido fielmente pela federação. O problema foi que nós tivemos que fazer a mudança”, afirmou Silvio Saraiva.


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