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04/03/2020 às 08h45min - Atualizada em 04/03/2020 às 08h45min

​FED corta juros e mercado reage mal; chuvas deixam ao menos 19 mortos no litoral paulista

- Jornal In Foco
G1
O Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, surpreendeu o mercado nesta terça (3) ao anunciar um corte na taxa de juros fora do seu calendário de reuniões.
 
O Globo destaca o assunto na sua reportagem principal e enfatiza que a decisão do banco tem o objetivo de minimizar os impactos negativos do surto do coronavírus.
 
Também cria pressão para que bancos centrais de outros países, inclusive o Brasil, reduzam suas taxas de juros para conter a desaceleração da economia global.
 
O FED cortou a taxa norte-americana em 0,5 ponto percentual, para o intervalo entre 1% e 1,25%. Antes da decisão do FED, Austrália e Malásia reduziram seus juros em 0,25 ponto percentual.
 
Segundo O Globo, o mercado reagiu mal ao corte de juros pelo temor de que cenário seja mais grave do que se sabe.
 
No Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 1,02%, aos 105.537 pontos. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 2,94%. Já a bolsa eletrônica Nasdaq recuou 2,99%. "BC dos EUA corta juros e abre caminho para reação global", destaca a manchete do Globo.
 
Fed corta juros para combater efeitos do coronavírus na economia dos EUA
 
Em seu título principal, O Estado de S.Paulo também comenta a decisão do FED e ressalta que o corte de emergência do banco central norte-americano fez as bolsas mundiais registrarem alta inicialmente, mas o otimismo se desfez ao longo do dia.
 
Para analistas, a queda de índices importantes se deve à percepção de que há pouco espaço para a reação de grandes bancos centrais. Na Europa, por exemplo, os juros já são negativos.
 
Além disso, a antecipação da decisão do FED fora de suas reuniões regulares pode indicar um cenário mais grave do que o admitido pelas autoridades sobre o coronavírus.
 
No Brasil, há a expectativa de que o Banco Central, com reunião marcada para os dias 17 e 18, determine nova redução da taxa Selic, que já está em uma mínima histórica de 4,25%. Aqui, além do fechamento negativo do Ibovespa, o dólar renovou sua máxima histórica e fechou em R$4,51.
 
Durante o anúncio do corte de juros dos EUA, o presidente do FED, Jerome Powell, afirmou que ainda não avalia usar outros instrumentos para amenizar os impactos econômicos gerados pelo coronavírus. "EUA cortam juros, mas Bolsas caem e dólar chega a R$4,51", sublinha a manchete do Estadão.
 
Chuvas em São Paulo
 
A Folha de S.Paulo dá destaque às chuvas que caíram na região da Baixada Santista entre a segunda (2) e a terça (3) que deixaram pelo menos 19 mortos, 30 desaparecidos, além de provocar deslizamentos e estragos.
 
Segundo a Folha, cerca de 114 membros do Corpo de Bombeiros foram escalados para ajudar no resgate de sobreviventes e mortos em meio aos escombros nos morros, locais mais afetados pelo temporal, mas a chuva atrapalhou o trabalho e um bombeiro morreu durante a operação.
 
O governador João Doria decretou luto por três dias em memória às vítimas fatais. Em entrevista coletiva, ele chamou atenção para o aumento das chuvas causado pelas mudanças climáticas.
 
As prefeituras do Guarujá e de São Vicente decretaram estado de calamidade pública e suspenderam as aulas até que os danos causados pelas chuvas sejam solucionados.
 
A Folha enfatiza que 15 pessoas morreram no Guarujá, grande parte no Morro do Macaco Molhado, na periferia da cidade. "Temporal mata ao menos 18 em morros do litoral paulista", informa a manchete da Folha.
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