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29/11/2019 às 14h24min - Atualizada em 29/11/2019 às 14h24min

PF cumpre mandados de busca em escritório do ex-presidente do STJ Asfor Rocha

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MSN notícias
Foto: Reprodução
A PF (Polícia Federal) cumpriu na manhã desta 6ª feira (29.nov.2019) 2 mandados de busca e apreensão nos escritórios de advocacia do ex-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Cesar Asfor Rocha, e do seu filho em São Paulo e em Brasília. O nome dele foi informado pelo site G1, pois a operação está em segredo de Justiça.
 
As ações, que fazem parte de nova fase da Operação Appius, foram acompanhadas por representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), já que os alvos são escritórios de advocacia. A PF apura, em parceria com o MPF (Ministério Público Federal), crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
 
Em nota, o MPF esclareceu que as diligências “mostraram-se necessárias diante de circunstâncias atípicas verificadas durante o cumprimento de outras medidas investigativas, como por exemplo a ausência de computadores na(s) residência(s) do(s) advogado(s) investigado(s), embora ali houvesse impressoras, cabos de rede e de energia e monitores, além da formatação de celulares com apagamento de dados e de outros fatos que denotaram possíveis ações de ocultação de elementos relevantes à apuração”.
 
A Appius foi deflagrada em 7 de novembro deste ano, para apurar suspeitas de pagamento de propina para anular a Operação Castelo de Areia, de 2009. As suspeitas tiveram origem na colaboração premiada do ex-ministro Antonio Palocci Filho.
 
A Castelo de Areia apurava os crimes de fraude à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro, atribuídos a executivos da empreiteira Camargo Corrêa e a políticos.
 
Em sua delação, sem dar provas materiais, Palocci falou sobre 1 suposto pagamento de R$ 50 milhões feito pela Camargo Corrêa para a campanha do PT em 2010. Os petistas, em retorno, ajudariam a enterrar a Castelo de Areia. Já Asfor Rocha, segundo Palocci, estaria no esquema e receberia como recompensa sua nomeação ao STF (Supremo Tribunal Federal) por Dilma Rousseff.
 
O ex-ministro do STJ negou veementemente, reiteradas vezes, esse conluio. Nunca foi ao STF nem foi o responsável direto pela anulação da Castelo de Areia.
 
Em 7 de novembro, a casa de Asfor foi alvo de buscas e apreensão. Naquela ocasião, a sua assessoria de imprensa se manifestou afirmando que Palocci “dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar e que, por falta de consistência e de provas, essa mesma delação foi recusada pelo Ministério Público Federal”.
 
Eis a nota enviada pela defesa de Asfor ao site Antagonista:
 
“O escritório Cesar Asfor Rocha Advogados aguarda com serenidade as apurações baseadas em afirmações do ex-deputado Antônio Palocci. As suposições com que o ex-petista, já condenado por corrupção, tenta comprar sua liberdade não têm respaldo nos fatos.”
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