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14/11/2019 às 10h21min - Atualizada em 14/11/2019 às 10h21min

Luxemburgo rebate Bruno Henrique após empate: "Respeita a tradição do Vasco"

Treinador destaca postura da equipe e história do clube cruz-maltino

- Jornal In Foco
Globo Esporte
Vanderlei Luxemburgo — Foto: Bruno Giufrida
Flamengo e Vasco protagonizaram, nesta quarta-feira, no Maracanã, um dos melhores jogos do Campeonato Brasileiro. Após o empate em 4 a 4, em partida adiantada da 35ª rodada do campeonato Brasileiro, o atacante Bruno Henrique disse que o Rubro-Negro "está em outro patamar" e que não sabe pelo o que "o Vasco está brigando". Luxemburgo não gostou e respondeu:
 
- A história do futebol é bonita, porque tem de conhecer a história. Realmente estamos brigando ali embaixo, nunca escondi isso. Mas acima de tudo estamos brigando com dignidade. Respeita a tradição do Vasco. Essa camisa aqui tem tradição, história. É isso que os meus jogadores têm de honrar. Não brigamos pelo título, mas acima de tudo honramos a camisa do Vasco como eles honram a camisa do Flamengo.
 
Apesar da insatisfação com a declaração de Bruno Henrique, Luxemburgo disse que os jogadores do Flamengo não provocaram durante o clássico. O técnico aproveitou para citar uma provocação de um torcedor rubro-negro num voo do Vasco recentemente.
 
- Não (houve soberba do outro lado). Antes do jogo não vi absolutamente nada. Depois do jogo, surgiram algumas palavras mal colocadas. Tem de rebater, porque de repente os jogadores mais jovens não conhecem a tradição de um clube como o Vasco. Dentro do avião, vem um torcedor para provocar você e você ter uma reação. Esse torcedor é um babaca. Coloca uma situação dentro de um avião, como passageiro, para esperar uma reação. Hoje eu posso falar que ele é um babaca. Ali não é ambiente - completou.
 
Luxemburgo ainda explicou a estratégia que fez o Vasco conseguir empatar o clássico contra o Flamengo.
 
- Esquece isso (duelo tático). Nada a ver. Estudamos o adversário. O que eu fiz foi uma coisa que não tinha visto ninguém fazer. Ele encolhe o Arão, abre os dois zagueiros, adianta os laterais jogando. O que eu fiz? Matei os zagueiros para não terem conforto. Eu queria que os laterais deles passassem, que o Arão, que é um jogador que sabe sair jogando, se apresentasse para o jogo, porque iam tentar e iam perder a bola. Quando perdessem, eu teria as laterais - disse Luxemburgo.
 
Veja outros temas abordados na coletiva:

O jogo
 
- Foi um grande jogo, de oito gols. Ainda outras possibilidades. Saímos de campo satisfeitos porque o Vasco respeitou a equipe do Flamengo, mas não ficou com medo. É o provável campeão, já é o campeão, mas jogamos como tínhamos de jogar.
 
Postura do time
 
- Quem imaginou que ficaríamos ofensivos estava enganado. Duas linhas de quatro é uma estratégia. Sabemos quais são os pontos fortes do adversário. Deixamos os laterais passarem e exploramos a velocidade.
 
Sobre o Flamengo
 
- Queria dar os parabéns ao Flamengo pela maneira como vem jogando. E essa rivalidade existe há muitos e muitos anos, mas alguns jogadores do Flamengo se equivocaram ao dizer que são campeões e o Vasco briga por nada ou para cair.
 
 
Pedido de respeito
 

- A história do futebol é bonita, porque tem de conhecer a história. Realmente estamos brigando ali embaixo, nunca escondi isso. Mas acima de tudo estamos brigando com dignidade. Respeita a tradição do Vasco.
 
- Essa camisa aqui tem tradição, história. É isso que os meus jogadores têm de honrar. Não brigamos pelo título, mas acima de tudo honramos a camisa do Vasco como eles honram a camisa do Flamengo.
 
Sobre a partida
 
- Não é proibido empatar e ganhar do Flamengo. Não vejo nenhuma anormalidade nisso. Tenho de dar os parabéns ao jogo. Foi um grande jogo de futebol. A confusão a gente deixa de lado, mas é normal.
 
Sobre a entrada do Ribamar
 
- O Vasco vive um momento de transição. Os jogadores ficam muito questionados. Sai um gol, o cara é culpado, tem um pênalti, o cara é culpado. O Ribamar é um jogador dessa forma. Ele é um guerreiro, um trombador, que disputa toda bola forte.
 
- A tendência naquele momento do jogo percebemos que ia ter bola na área. A qualidade técnica foi ficando esquecida. Precisava de um jogador para chocar, disputar a jogada.
 
Soberba do outro lado?
 
- Não . Antes do jogo não vi absolutamente nada. Depois do jogo, surgiram algumas palavras mal colocadas. Tem de rebater, porque de repente esses jogadores mais jovens não conhecem a tradição de um clube como o Vasco.
 
 
Sobre provocação em avião antes do jogo
 
- Dentro do avião, vem um torcedor para provocar você e você ter uma reação. Esse torcedor é um babaca. Coloca uma situação dentro de um avião, como passageiro,para esperar uma reação. Hoje eu posso falar que ele é um babaca. Ali não é ambiente.
 
Jorge Jesus
 
- Esse é um momento muito tenso no Brasil. O Jesus é um grande técnico, mas não podemos esquecer que no Palmeiras teve um argentino que fez grande trabalho. Tem outros estrangeiros que já vieram fazer grandes trabalhos.
 
Duelo tático
 
- Esquece isso. Nada a ver. Estudamos o adversário. O que eu fiz foi uma coisa que não tinha visto ninguém fazer. Ele encolhe o Arão, abre os dois zagueiros, adianta os laterais jogando. O que eu fiz? Matei os zagueiros para não terem conforto.
 
- Eu queria que os laterais deles passassem, que o Arão, que é um jogador que sabe sair jogando, se apresentasse para o jogo, porque iam tentar e iam perder a bola. Quando perdessem, eu teria as laterais.
 
Mais sobre o jogo
 
- Estamos num trabalho crescente. Aqueles jogadores do Flamengo parece que têm uma formiguinha dentro do calção. Eles mudam de lado e de direção a todo momento. Em uma oportunidade, eles matam. Estratégia é uma coisa, medo é outra.
 
- Tomar um gol do Flamengo com 42 segundos é complicado. Mantivemos o equilíbrio. Se partir para cima do Flamengo, vai tomar gol. Nós tivemos a maturidade. Sabíamos o que eles iam fazer. Acho que é o crescimento da equipe mesmo.
 
Característica de Raul
 
- É que o Raul, se você pegar, tem o entrosamento do Rossi e do Pikachu. O Raul passa no corredor. É uma característica do Vasco ter esses três jogadores juntos. Forçamos mais as jogadas por ali, porque é característica.
 
Favoritismo do Flamengo
 
- O futebol carioca tem história. O Flamengo é superior? É! Igualamos porque estudamos o adversário. Sabemos da qualidade e respeitamos, mas é Vasco da Gama. A história mostra que você entra em campo favorito e sai de campo derrotado.
 
- Tem de trazer a história e fazer o jogador acreditar nisso, envolver o jogador. Não é proibido empatar ou ganhar do Flamengo, não é proibido. Não está escrito lá que é proibido empatar ou ganhar do Flamengo.
 
Pikachu
 

- O Pikachu é o segundo capitão. Ele tem uma liderança boa com o grupo. Eu não gosto de olhar pênalti. Gosto de ver o barulho. Mas era ele que tinha de bater.
 
- Quando perdeu o pênalti, tirei ele duas ou três vezes, porque naquele momento uma perda de pênalti traria uma instabilidade muito grande, mas hoje eu nem falei nada, ele é o batedor.

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