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11/11/2019 às 10h21min - Atualizada em 11/11/2019 às 10h21min

Clássico, mas nem tanto: rivais em Copas, Brasil pega Itália, que busca espaço em torneios de base

Seleções, que já decidiram dois Mundiais no profissional, se enfrentam pelas quartas do Sub-17. Italianos tentam semifinal pela segunda vez na história e primeiro título nas categorias inferiores

- Jornal In Foco
Globo Esporte
Taffarel celebra, enquanto Baggio lamenta o pênalti perdido, que deu o título mundial de 1994 ao Brasil: Itália não tem tradição em torneios de base — Foto: Getty Images
Pense consigo mesmo em três dos maiores clássicos mundiais no futebol. Entre seleções tradicionais. Brasil x Itália tem grandes chances de estar na lista da maioria. O confronto decidiu as Copas de 1970 e 1994. Mas o encontro que ocorrerá na noite desta segunda, no Estádio Olímpico, em Goiânia, pelas quartas de final do Mundial Sub-17 não pode ser considerado um duelo tradicional. Ao menos não em torneios de base.
 
Brasil e Itália se enfrentam às 20h (de Brasília) desta segunda-feira, no Estádio Olímpico, em Goiânia, pelas quartas de final do Mundial Sub-17. O jogo tem acompanhamento em Tempo Real no GloboEsporte.com e transmissão do SporTV
 
Enquanto o Brasil chegou oito vezes à semifinal e busca o quarto título da competição, a Itália tenta, ao menos, igualar sua melhor campanha: o quarto lugar de 1987. Os italianos estão em sua oitava participação no Mundial Sub-17. Caíram na fase de grupos quatro vezes. Não jogavam o torneio desde 2013. Mas esperam construir tal tradição.
 
– Nos últimos anos, tivemos resultados bons com nosso time. Isso nos ajuda para o futuro. Acho que estamos em trajetória interessante atualmente – garante o técnico da Itália, Carmine Nunziata.
 
Ele tem razão. A atual geração da Itália sub-17 foi vice-campeã europeia na categoria em 2018 e 2019 – a Uefa organiza o torneio anualmente. Perdeu as duas edições para a Holanda, que se garantiu na semifinal do Mundial. No entanto, sequer tem um título continental na categoria.
 
     A campanha da Itália até aqui:
  • Itália 5 x 0 Ilhas Salomão
  • México 1 x 2 Itália
  • Paraguai 2 x 1 Itália
  • Equador 0 x 1 Itália

Gnonto, com 16 anos recém completados, é o destaque da Itália até aqui: time tenta chega à semifinal apenas pela segunda vez em sua história — Foto: Buda Mendes/FIFA via Getty Images
 
Itália A tetracampeã no profissional busca o sua primeira conquista mundial nos torneios de base. A Azzurra tampouco coleciona bons resultados no Sub-20. Tem sete participações no Mundial da categoria, e seus melhores resultados foram nos dois mais recentes: terceiro lugar em 2017 e quarto lugar em 2019.
 
O volante e capitão da Itália, Simone Panada, joga na Atalanta e enxerga a mudança de realidade no futebol amador do país.
 
– O que vejo nos clubes italianos de base é que temos mais espaço. É um aspecto positivo. Nas últimas partidas, os nossos colegas de equipe têm jogado na Série A da Itália. A Itália está investindo mais e tenho certeza que termos excelentes jogadores – avaliou.
Os brasileiros mantiveram discurso de respeito para a Itália. Não se iludem com a falta de protagonismo do país nos torneios de base.
 
– Vi que é time qualificado. Muita força física. Tem jogadores de ataque muito velozes. A gente está trabalhando para sair por cima disso – declarou o atacante Kaio Jorge.
 
– Por serem duas escolas muito famosas, duas campeãs mundiais no profissional. Acho que vai ser um jogo muito parelho. As duas equipes têm as qualidades. Tem tudo para ser um bom jogo. Espero que a gente possa sair com a vitória, fazendo o que a gente tem feito agora. Com qualidade, jogo limpo, para frente – analisou o lateral Patryck.
 

Meia Pedro Lucas, que entrou bem contra o Chile, será opção na ausência de Talles Magno — Foto: Alexandre Loureiro/CBF
 
O técnico brasileiro Guilherme Dalla Déa se apega à tradição italiana na seleção profissional e aos bons resultados recentes da atual geração do time europeu.
 
– Sempre vai ter que sair um vencedor. É uma excelente equipe. A gente conhece bem seus jogadores. Todas seleções que estão no Mundial vêm muito bem preparados. Esperamos que seja um grande jogo, como vimos em décadas passadas entre Brasil e Itália.
 
Sem Talles Magno, como vai o time?
O Brasil vai ter a sua maior mudança no time no Mundial Sub-17. O meia Pedro Lucas, do Grêmio, é a opção para a vaga do atacante Talles Magno, que não jogará mais o torneio para se recuperar de uma lesão na coxa direita. Pedrinho, como é chamado no grupo, entrou bem na vitória contra o Chile na última quarta-feira.
 
Com a entrada do meia, o camisa 10 Peglow ocupará a ponta esquerda, setor que está mais acostumado a ocupar. Talles Costa volta ao time depois de perder a vaga para Diego Rosa, que cumprirá suspensão. O lateral Yan também retorna à equipe, após dois jogos de gancho pela expulsão contra a Nova Zelândia. Veja a escalação da equipe:
 

Formação do Brasil para o jogo contra a Itália nesta segunda-feira — Foto: GloboEsporte.com
 
Quem avançar enfrentará Espanha ou França na semifinal. As duas seleções europeias também se enfrentam nesta segunda, no Olímpico, em Goiânia, às 16h30 (de Brasília). Na outra chave, Holanda e México decidem uma vaga na decisão do Mundial Sub-17.
 
No time brasileiro, o zagueiro Luan Patrick, lateral Patryck e o volante Daniel Cabral estão pendurados. Caso tomem um cartão amarelo, estarão suspensos para a semifinal. Quem avançar à próxima fase com apenas um amarelo terá a punição anulada a partir da semi.
 
Ficha técnica: Brasil x Itália
Local: Estádio Olímpico, Goiânia
Data: 11/11/2019
Horário: 20h (de Brasília)
 
BRASIL: Matheus Donelli; Yan, Henri, Luan Patrick e Patryck; Daniel Cabral, Talles Costa e Pedro Lucas; Gabriel Veron, Kaio Jorge e Peglow.
Técnico: Guilherme Dalla Déa
 
Reservas do Brasil: Marcelo, Cristian, Gustavo Garcia, Gabriel Noga, Renan, Sandry, Matheus Araújo e Lázaro
Desfalques: Diego Rosa (suspenso) e Talles Magno (lesionado)
Pendurados: Luan Patrick, Daniel Cabral e Patryck
 
ITÁLIA: Marco Molla; Francesco Lamanna, Christian Dalle Mura, Lorenzo Pirola e Matteo Ruggeri; Simone Panada, Michael Brentan e Iyenoma Udogie; Franco Tongya, Degnand Gnonto e Nicolo Cudrig
Técnico: Carmine Nunziata
 
Arbitragem: Adonai Escobedo (MEX), auxiliado por William Arrieta (CRC) e Micheal Barwegen (CAN)
 

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