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05/11/2019 às 15h44min - Atualizada em 05/11/2019 às 15h44min

Sheik reclama da torcida em despedida e nega falta de postura como dirigente do Corinthians

Ídolo da Fiel concede entrevista coletiva e fala sobre a sua saída do cargo de coordenador

- Jornal In Foco
Globo Esporte
Duilio e Sheik Corinthians — Foto: Marcelo Braga
Emerson Sheik demorou dez meses para sentar novamente na mesa de entrevistas da sala de coletivas do Corinthians, no CT Joaquim Grava.
 
Apresentado como coordenador de futebol do Corinthians no dia 3 de janeiro, ele esteve novamente ao lado do diretor de futebol Duílio Monteiro Alves numa coletiva neste 5 de novembro para oficializar o seu pedido de demissão do cargo.

Ídolo da torcida por conta do título da Libertadores e do Mundial de 2012, o ex-atacante praticamente não falou com a imprensa desde que assumiu o cargo – postura semelhante à do ex-zagueiro Vilson Menezes, gerente de futebol, esse mantido no cargo pelo presidente Andrés Sanchez.

– Futebol tem uma cultura de que alguém tem que pagar a conta. Ouvi coisas sobre meu nome e isso me irritou bastante, pois tenho uma história linda no Corinthians como atleta. Tudo que saiu não foi verdadeiro. Posso garantir isso. Duílio está aqui. Se não, nem viria. Foram histórias criadas sei lá por quem. Chegou um ponto que torcedor veio ao CT pedindo minha saída. Entendi que já não estava colaborando mais – afirmou.

Alvo de críticas e muita pressão interna nas últimas semanas, Sheik estava na corda bamba na função e pediu para sair um dia depois da queda do técnico Fábio Carille.

Ele ficou insatisfeito com o vazamento de notícias sobre o assunto e também com informações que ele garante ser falsas a respeito do trabalho e do comportamento dele. O ex-jogador se sentiu desprotegido pelos seus superiores.

Nas últimas semanas, Sheik também foi um dos alvos de protestos de torcedores organizados.

– Eu era um dos primeiros a chegar. São informações completamente erradas. Tem que buscar a verdade, não é justo, pessoas têm família. Não adianta dizer que chegou bêbado, as pessoas têm família. Não é legal, não é bacana. Talvez se eu tivesse aproximação maior, não sei... Mas fica um apelo para checar a informação. Me incomodou. São pessoas sérias e comprometidas com o Corinthians. O que saiu, não é verdade. Não fiz. Me incomodou as cobranças da torcida com faixas. Fiz o que pude, sempre fui próximo do Duílio, Andrés e Fábio. Tentávamos arranjar jeito das coisas melhorarem. Tentei ajudar e não conseguir. Não quero atrapalhar. Uma vez que as pessoas criam essas situações, vejo que minha presença não vai agregar, então prefiro me retirar – disse Sheik.

O ex-jogador fez questão de agradecer pela oportunidade e disse que, daqui para frente, usará o tempo para organizar o jogo beneficente "Sheik e amigos contra a fome".

– A ideia de vir aqui hoje é para agradecer não só os 11 meses de participação na diretoria do Corinthians que, para mim, é a maior do Brasil, mas também para agradecer o encerramento da minha carreira e na sequência assumir um cargo tão desejado. Agradecer ao Duílio e ao Andrés, carinho imenso. Agradecer ao Corinthians, ao torcedor corintiano. Obviamente, imaginávamos que seria um tempo maior, mas não foi assim. Saio deixando amigos, pela porta da frente. Só não dá para ficar nesse vai e volta toda hora. Foi uma baita experiência. 11 meses como coordenador de futebol certamente aprendi mais do que como jogador de futebol em duas décadas. Saio com experiência maior, projetos novos, desejando tudo de melhor para o clube sempre. Tenho carinho especial. Fica meus mais sinceros agradecimentos – disse o ex-dirigente do Timão.

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