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22/10/2019 às 15h37min - Atualizada em 22/10/2019 às 15h37min

​Presidente do Ibama diz que ainda não se sabe se aparição de óleo no litoral está no começo ou no fim

Para Eduardo Bim, não há base 'técnica' para dizer se surgimento das manchas está na fase 'ascendente' ou 'descendente'. Óleo aparece nas praias do Nordeste desde o fim de agosto.

- Jornal In Foco
G1
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O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, disse nesta terça-feira (22), em audiência na Câmara, que ainda não se sabe se o aparecimento de óleo no litoral do Nordeste está em fase "ascendente ou descendente". Segundo ele, não dá para dizer se o surgimento das manchas está mais perto do começo ou do fim.
 
De acordo com Bim, o governo e os órgãos de meio ambiente buscam mapear de onde o óleo saiu para poder planejar a contenção das manchas. O produto tem surgido em praias dos nove estados do Nordeste desde o fim de agosto.
 
"É importante saber de onde ele [óleo] saiu e para onde ele foi. Identificar a origem dessa fonte de óleo é fundamental para o trabalho de emergência, porque não sabemos se estamos numa ascendente ou descendente no aparecimento óleo", disse.
 
Para Bim, afirmações de que o surgimento do óleo está em fase final ou em fase inicial não têm fundamento técnico.
 
Também na audiência da Câmara, o contra-almirante da Marinha Alexandre Rabello disse que a corporação trabalha com várias hipóteses sobre o óleo derramado. As autoridades ainda não sabem a causa do aparecimento das manchas.
 
"As hipóteses mais prováveis são: manobra de transferência de óleo no mar, que chamamos 'ship to ship', um afundamento de navio não notificado e o derramamento de óleo no mar, seja acidental ou não", afirmou.
 
Eventuais danos à saúde
 
Questionado sobre eventuais danos que o óleo nas praias pode causar para a saúde, Bim disse que não há dados sobre riscos para banhistas.

"A gente não tem nenhum dado ainda a respeito de uma possível contaminação da água para o banhista. Porque o óleo normal é mais líquido, esse petróleo parece uma gosma, um chiclete, um piche, não é bem um piche, mas parece um piche. Teoricamente, a retirada do petróleo ali já resolve o problema, mas a gente não tem nenhum dado em relação a isso ainda, com precisão, em relação a um possível prejuízo a saúde humana", disse o presidente do Ibama.
 
Limpeza nas praias
 
Bim disse ainda que a orientação dos órgãos governamentais é fazer o monitoramento e remoção o mais rápido possível das manchas. Bim agradeceu os voluntários que estão fazendo mutirões para limpar óleo de praias e ressaltou algumas recomendações para manuseio.
 
"A gente tem identificado como método efetivo para tratar da dispersão desse óleo é o monitoramento e recolhimento o mais rápido possível. É preciso lembrar que o óleo é um produto tóxico. Não se manuseia o óleo de maneira direta, tem que ser usadas luvas e botas de proteção caso tenha contato no nível do solo", disse.
 

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