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15/07/2017 às 21h35min - Atualizada em 15/07/2017 às 21h35min

No pior cenário, mar pode engolir 287 cidades dos EUA até 2100

Estudo mostra como algumas das principais cidades dos Estados Unidos ficariam diante de um futuro com efeitos extremos do aquecimento global

EXAME.COM

São Paulo — Em um futuro “improvável mas plausível”, cerca de 12 milhões de moradores dos Estados Unidos podem ver suas casas serem engolidas pelo mar até 2100, segundo cálculos do grupo de pesquisa Climate Central com base em projeções da National and Oceanic Atmospheric Administration (NOOA) tendo em vista um cenário extremo de efeitos do aquecimento global.

A alta do nível do mar por conta do aquecimento global está no centro do problema que pode definir a vida das cidades na virada deste século. No pior dos cenários, de acordo com o estudo, a previsão é de que o volume dos oceanos pode aumentar, em média, 2,4 metros até 2100. Mas em alguns locais o nível do mar poderia  subir até 3,5 metros levando propriedades e causando um prejuízo na ordem dos 12 trilhões de dólares.

Nesse caso extremo, mostra o estudo, áreas que concentram hoje pelo menos 99% da população de 287 cidades podem sumir do mapa graças ao aumento das águas (veja lista ao final da matéria).  Em mais de 2 mil municípios, a estimativa é de que pelo menos metade dos moradores de hoje vive em futuras áreas de risco.

Segundo o relatório,  nesse cenário, algumas das principais cidades e destinos turísticos dos Estados  Unidos ficariam submersos pelas águas do mar.  Em Nova York, por exemplo, uma área que hoje abriga 800 mil pessoas ficaria totalmente inundada.

O estado da Flórida, de acordo com o Climate Central, pode ser o mais atingido: cerca de 30% da sua população vive hoje em áreas que podem estar sob risco no futuro. Em Miami, 74% dos moradores teriam que deixar suas moradias até 2100 por conta da alta do nível do mar
 

De acordo com um conjunto de estudos publicados na revista Proceedings no ano passado, o ritmo do aumento do nível dos oceanos bateu seu recorde no século 20, com uma elevação de 14 centímetros.

Se os cálculos da Climate Central com base no pior dos cenários estiverem corretos, a estimativa é que,  a partir de 2100, o mar deve continuar subindo cerca de 45 centímetros a cada década e chegar a mais 4,5 metros até 2200 — desenhando um globo completamente diferente do que aquele em que vivemos hoje.

“Esse cenário extremo é considerado improvável, mas plausível”, diz o estudo. Os pesquisadores sugerem que apenas a redução drástica dos gases estufas pode, de fato, reduzir as chances de que essas projeções saiam do papel e mudem o mapa não só dos Estados Unidos como de outras partes do globo.

 

 


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