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19/06/2017 às 18h26min - Atualizada em 19/06/2017 às 18h26min

Militantes do MST Bloqueiam a PA 275 entre Parauapebas e Curionópolis

Fernando Bonfim - Carajás O Jornal
Na manhã desta segunda feira (19), militantes de Movimento Sem Terra (MST), bloquearam a PA 275 na altura do acampamento Frei Henri de Roisiers, entre as cidades de Parauapebas e Curionópolis. Eles protestam contra o mandado de reintegração de posse de uma área conhecida como fazendinha, a qual foi feita pela polícia federal na última terça-feira, em favor da união, obrigando o fazendeiro e antigo proprietário da terra, assim como os ocupantes que estavam em parte dela, deixarem a área. 

A manifestação começou por volta das 6h na localidade. Os manifestantes atearam fogo em pneus e toras de madeira, impedindo o fluxo de veículos em ambas às direções. Apenas ambulâncias, viaturas e veículos de uso exclusivo, ou que estejam transportando pessoas feridas, tinham acesso à passagem. Segundo os ativistas eles não tem previsão pra a liberação da via. 

Com a interdição da estrada, que tem fluxo intenso de veículos, uma fila de cerca de três Km se formou em ambas às direções. No local ninguém quis falar sobre o assunto, mas em nota deram um parecer explicando o motivo da manifestação.

Segue a nota:
“A Policia Federal (PF) deu cumprimento na ultima terça-feira (4) ao mandado de reintegração de posse da área denominada Fazendinha. Localizada na Rodovia PA-275, entre Parauapebas e Curionópolis. O Cumprimento da reintegração de posse foi em favor da União, O fazendeiro, Dorlan Lopes foi notificado e informado que precisava sair imediatamente da área, que tem uma parte ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)  desde 2010, onde sempre houve  atrito entre ambas as partes . No ano passado inclusive, fazendeiros bloquearam a rodovia em protesto pela ação dos acampados, que viviam causando danos propriedade”. 
“A notícia do cumprimento do mandante de reintegração de posse causou indignação em outros fazendeiros, que foram ao local prestar solidariedade ao colega, que já mora no local há mais de 17 anos. Segundo pessoas ligadas a família, a área foi ocupada há muito mais tempo pelo pai do fazendeiro, que foi um dos desbravadores da região. Desde quando uma área ocupada por sem-terra eles tentam legalizar uma propriedade e entraram com pedido de aquisição da área ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), mas o processo burocrático vem se arrastando por todo esse tempo”. 
A área da fazenda “Fazendinha” tem 370 hectares, referente a 78 Alqueires. A principal atividade da fazenda é voltada a criação de gado de corte, onde são criados atualmente cerca de 500 cabeças de boi.
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