Semdes é responsável pela execução da política de Trabalho, Emprego, Renda e Cidadania no município
Dalvinete Santos, auxiliar administrativa, conhece bem a situação do desemprego, que ainda assola 8,5 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. Ela ficou dois anos desempregada, mas mesmo desanimada, não perdeu as esperanças. Buscou ajuda para mudar sua história e decidiu recorrer ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Novo Horizonte.
“Quando fui ao CRAS no ano passado, recebi todo o apoio necessário. Eles me ajudaram com a documentação e a elaborar meu currículo. Participei de uma oficina pela CTERC que abordava desde como se comportar em entrevistas até o comportamento no ambiente de trabalho. Uma semana depois, consegui um emprego. Sou muito grata por essa oportunidade.”, relata Dalvinete.
O CRAS está ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), que promove programas para capacitar e qualificar pessoas em situação de vulnerabilidade social, por meio da Coordenadoria de Trabalho, Emprego, Renda e Cidadania (CTERC). “Acreditamos na importância de incentivar a busca pela autonomia e protagonismo, das pessoas em situação de vulnerabilidade, através de ações que desenvolvam suas habilidades e potencialidades.”, destaca Ana Cristina Queiroz Pereira, coordenadora da CTERC.
Segundo ela, esse sistema de organização e gestão democrática está alinhado com a concepção de Inclusão Produtiva, que envolve ações e programas que visam, orientar e preparar para inserção no mercado de trabalho, seja por meio de empregos formais, empreendedorismo ou empreendimentos da Economia Solidária. “Inclusão Produtiva não é apenas participar do processo de produção, mas também contribuir para seu desenvolvimento desde o início.”, explica.
Cristina ressalta que esse processo visa incluir pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social no mercado de trabalho, permitindo que gerem sua própria renda de forma digna.
Além disso, é importante destacar iniciativas como o microempreendedorismo individual (MEI), acesso ao microcrédito e ações de sensibilização para direitos civis. A CTERC coordena esses esforços, promovendo a integração ao mercado de trabalho e o exercício pleno da cidadania em Canaã dos Carajás.
Conheça alguns dos programas ligados à CTERC voltados para a qualificação e promoção no mercado de trabalho:
Sistema Nacional de Emprego – SINE
O SINE foi implementado em Canaã dos Carajás ainda em 2002, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social. O Sistema do Portal Mais Emprego começou a ser operado em 2007, inicialmente para atendimento ao seguro desemprego. Os demais serviços, como captação e administração de vagas, pré-seleção de candidatos, intermediação de mão de obra, orientação sobre mercado de trabalho, orientação à carteira de trabalho digital e demais orientações pertinentes ao mercado de trabalho e emprego, eram realizados manualmente. A partir de 2013, com o aumento da demanda e visando à otimização do atendimento, foi implantado um sistema informatizado para o gerenciamento de vagas e cadastros, resultando em melhorias nos serviços oferecidos aos trabalhadores e empresas.
Projeto Social de Formação, Qualificação e Habilitação Profissional de Condutores de Veículos Automotores – CNH Social
Em 17 de janeiro de 2013, a Câmara Municipal de Canaã dos Carajás aprovou a Lei Municipal número 616/2013, que trata do Projeto Social de Formação, Qualificação e Habilitação Profissional de Condutores de Veículos Automotores, autorizando a concessão de bolsas mensais, por meio da Secretaria da Assistência Social do município, distribuídas em igualdade de condições, para os Centros de Formação de Condutores de Veículos Automotores sediados no Município de Canaã dos Carajás.
As referidas bolsas (sendo 100 unidades por ano) são liberadas para a formação de Condutores de Veículos Automotores do Município de Canaã dos Carajás em todas as categorias. Vale ressaltar que, no presente momento, o projeto encontra-se em fase de Reordenamento Jurídico.
Centro de Referência de Economia Solidária – Cresol
O Centro de Referência de Economia Solidária (Cresol) é um espaço onde são oferecidas atividades de caráter governamental ou não governamental, com o objetivo de fortalecer a Economia Solidária e contribuir para a construção de uma identidade e visibilidade maiores no município. O Cresol procura desenvolver uma relação de respeito com a natureza, compreendendo que é dela que virá a garantia da sustentabilidade para as gerações atuais e futuras, sendo imprescindível manter uma relação de equilíbrio com as diversidades culturais e de gênero. Sendo assim, a Economia Popular Solidária torna-se um modelo alternativo, cujos princípios fundamentais são a solidariedade, o cooperativismo e a coletividade.
Esses preceitos norteiam a melhoria da qualidade de vida das pessoas por meio do que produzem para sua subsistência e vivência em comunidade, e a valorização das diversidades no meio em que vivem. Os cursos Profissionalizantes são oferecidos no Centro de Referencia de Economia Solidaria-CRESOL, nos Centros de Referencia de Assistência Social-CRAS do município e Centro de Convivência da Pessoa Idosa-CECON, por meio de formação na área de gastronomia, como reaproveitamento total de alimentos, geleia, decoupage, corte e costura, ponto cruz, crochê, entre outros.
Centro de Empoderamento Digital – CED
O projeto CDI surgiu em 1995 no Estado do Rio de Janeiro com a primeira Escola de Informática e Cidadania (EIC). No Estado do Pará, foi implantado em 2001 e, em novembro de 2002, no município de Canaã dos Carajás, por meio de uma parceria entre o Comitê para a Democratização da Informática, Fundação Vale do Rio Doce e Prefeitura Municipal de Canaã dos Carajás. Em 2009, a EIC passou a se chamar CDI Comunidade Canaã dos Carajás. O Projeto CDI surgiu com o objetivo de promover a inclusão digital e social de pessoas de baixa ou nenhuma renda, além de ser uma opção de qualificação para inserção no mercado de trabalho. Desde sua implantação, o CDI Comunidade desenvolveu um importante trabalho de inclusão digital e social, formando centenas de usuários em Informática Básica e Avançada. A partir de 2022, o CDI passou a ser denominado Centro de Empoderamento Digital (CED), oferecendo 560 vagas ao ano nos cursos de informática básica e avançada.
