Falta de espaço no pátio do Departamento de Trânsito, prejudica ação dos Agentes

Em frente ao Banco do Brasil, aqui em Canaã dos Carajás, um motorista estacionou de maneira irregular em cima da faixa de pedestre prejudicando o tráfego das pessoas, uma equipe do Departamento de Trânsito que estava na ronda iniciou os procedimentos de notificação e solicitação da remoção do veículos através do guincho, o problema é que o servidor que estava do outro lado da linha disse ao agente “que não poderia enviar o guincho pois o pátio do Departamento estava lotado de veículos e não tinha espaço”, por esse motivo o veículo não poderia ser removido.

Segundo as informações que obtivemos, o pátio do Departamento de Trânsito, está há mais de oito anos com a sua capacidade totalmente lotada, e que a única providência tomada foi um leilão onde foram retiradas cerca de 300 motos, segundo um dos agentes “o espaço é muito pequeno para receber tantos veículos”. E nessa mesma abordagem outras infrações foram identificadas pelos agentes. Só ali no estacionamento que fica em frente aos bancos, veículos novos no estilo Picape encontravam-se com o IPVA atrasado e mais uma vez a frustração do servidor público que diz “não ter ferramentas para exercer o seu trabalho”. Outro fato lembrado pelos agentes foi o “ônibus de passageiros que rodava no município sem a documentação necessária” e que devido a gravidade do fato gerou muita polemica nas redes sociais e dentro Secretaria. Segundo uma fonte, o Coordenador de Transito tentou ligar para a Prefeita Josemira Gadelha, para relatar esses problemas mas não conseguiu ser atendido. Os agentes lembram da falta de concurso público, que foi promessa de campanha da prefeita, que visava o aumento das vagas para agentes de trânsito, pois isso possibilitaria uma maior fiscalização nas ruas. Citaram as limitações das ferramentas de trabalho, como os rádios comunicadores, que não funcionam e o “talonário eletrônico” que não tem o campo para citar as placas de origem dos países do MERCOSUL.

Os servidores observaram que “um dos veículos que se envolveram em um acidente, na frente de uma restaurante conhecido na cidade, estava nessa situação (placa Mercosul) e ficaram ser saber como identificar a infração e o acidente, pois o sistema não oferece essa possibilidade. Que o atual sistema que é usado pela Secretaria que custa em torno do valor de R$ 60 mil reais é um valor alto e funciona de maneira ineficiente.

Outra luta dos agentes de trânsito do município de Canaã dos Carajás são os veículos de grande porte que circulam em nossa cidade, ônibus, caçambas, vans etc., todos esses veículos precisam atender a Lei 9.503/1997 Art. 231 inciso VIII. “Transitar com veículo efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim. Salvo casos de força maior ou por permissão da autoridade competente”. “Multa gravíssima no valor de R$ 293,47 e sete pontos ao Proprietário”. Esse foi o caso do ônibus da empresa que foi removido, segundo nossa fonte “temos veículos escolares com alvará atrasado, motoristas sem o curso transportes escolares obrigatórios, veículos sem placa prestando serviço para o municipio isso e extintores irregulares”. Sem a devida fiscalização é fato que esses veículos irão circular livremente pela cidade, sem que ninguém consiga impedi-los pois o sistema esbarra na falta de fiscalização, que por sua vez esbarra na falta de pessoal.

O trânsito é um sistema constituído por três elementos, o ser humano, as vias e os veículos, os quais na maioria das vezes interagem entre si de maneira adequada, mas o que faz com que esse sistema perfeito aconteça são as regras, por mais que nossos agentes de trânsito desempenhem o seu trabalho de maneira exemplar, se não houver colaboração e principalmente educação do cidadão condutor esse sistema está fadado a dar errado. Então só para lembrar, estacionar na faixa de pedestre “é infração é grave, tem multa de R$ 195,23, registro de cinco pontos na CNH e a remoção do veículo como medida administrativa. Ela está prevista no artigo 181, inciso VIII, do CTB”. Até o fechamento desta matéria tentamos contato com os órgãos responsáveis mas não obtivemos respostas.