Domingo (4), por volta das 16h30, essa foi a data e horário em que um homem identificado como Elias da Fonseca Ferreira escolheu para se dirigir até as dependências da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas para se apresentar às autoridades policiais e prestar depoimento sobre o caso da fotógrafa Anny Salvatore, que foi atropelada e morta durante um acidente de trânsito ocorrido em Parauapebas na madrugada do dia 28 de janeiro de 2024.
A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar entrevistou o Delegado Melquisedeque, responsável pelas investigações do caso na Seccional Urbana de Polícia Civil. Ele deu detalhes sobre o depoimento prestado pelo motorista do veículo que colidiu com a moto de Anny Salvatore, fotógrafa bastante conhecida na região.
“De forma sintética podemos dizer que o suspeito afirmou que no momento da colisão, ele não percebeu que houve o choque com a moto da fotógrafa e seguiu o percurso normal que estava fazendo. Depois, ele retornou ao local, afirmando que seria caminho comum da vida cotidiana dele”, relatou a autoridade policial, afirmando que o motorista do carro chegou a ver uma aglomeração de pessoas quando passou pelo local do acidente novamente, porém, não foi parado pela polícia e seguiu para sua casa.
Em uma parte do depoimento, o Delegado Melquisedeque perguntou ao suspeito o motivo dele não ter se apresentado na delegacia após a colisão contra a moto de Anny Salvatore. “Ele disse que se quer sabia que estava sendo investigado pelo acidente, afirmando que após a moça falecer, foram publicadas as imagens e aí ele percebeu que o carro tinha as características do veículo dele”, enfatizou a autoridade policial.
Vale ressaltar, que o carro, placa e identidade do motorista do veículo que matou a fotógrafa, forram descobertos através de investigação da Polícia Civil, que intimou Elias da Fonseca Ferreira e os ocupantes do veículo a prestarem depoimento na 20ª Seccional de Polícia Civil, que tem sede em Parauapebas.
Até o fechamento desta matéria, três pessoas, incluindo o motorista do carro, um HB20 que está apreendido na Seccional de Polícia Civil, prestaram depoimentos. De acordo com o Delegado Melquisedeque, as investigações continuam e mais duas pessoas ainda irão prestar depoimentos.
Para a reportagem do Portal Pebinha de Açúcar, o delegado responsável pelo caso afirmou que o motorista do carro que atropelou a fotógrafa responderá pelo crime em liberdade. “Por se tratar em tese primeiramente de um fato acidental, o que se caracteriza homicídio culposo de trânsito, cabe a ele responder em liberdade, não sendo passível pedido de prisão preventiva”, disse.
Mas, afinal, o que é homicídio culposo de trânsito
Nesse caso, o motorista não planejou ou desejou causar a morte, mas sua conduta negligente resultou no resultado fatal. Por exemplo, um motorista que dirige em alta velocidade, desrespeita um sinal vermelho e causa um acidente que resulta na morte de outra pessoa, comete um homicídio culposo.
