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17/05/2023 às 16h30min - Atualizada em 17/05/2023 às 16h30min

Minas de garimpo ilegal proliferam em Canaã dos Carajás, na cidade mais 'rica' do Brasil

Cada tonelada de cobre extraída é vendida, em média, por 800 dólares (cerca de R$ 4 mil na cotação atual)

O liberal

cidade paraense de Canaã dos Carajás vive um 'boom' nos últimos anos graças à mineração, mas também convive com o aumento da atividade ilegal. Webson Nunes, de 28 anos, por exemplo, trabalha na exploração de cobre junto com outras quatro pessoas, em um garimpo com uma estrutura relativamente simples. Em entrevista à AFP, ele admite que trabalha "com um olho aqui (na mina) e o outro olhando para o lado", já que "a qualquer momento a polícia pode chegar". 

 

No local onde ele trabalha, uma tampa de madeira de 1,40 por 1,40 metros no chão é a porta de uma escavação de 20 metros de profundidade, onde os garimpeiros descem várias vezes ao dia pendurados em um arnês preso a um cabo de aço, com uma broca na mão. Depois, conforme descrito pela agência, a polia elétrica os traz de volta à superfície, com um grande balde de plástico azul, carregado com dezenas de quilos de pedras brilhantes.

Lideranças locais afirmam que uma centena de garimpos convivem com a mina de ferro S11D, da gigante Vale, uma das maiores a céu aberto no mundo e que em 2020 transformou o município na cidade com o maior PIB per capita do Brasil.

Cada tonelada de cobre extraída é vendida, em média, por 800 dólares (cerca de R$ 4 mil na cotação atual). No garimpo onde Webson Nunes trabalha a produção costuma superar uma tonelada por dia. De acordo com a Polícia Federal (PF), o principal destino do minério extraído clandestinamente e a China. 


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