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24/04/2023 às 12h16min - Atualizada em 24/04/2023 às 12h16min

Mais de 100 ovos de tartarugas são identificados em área com proibição de veículos em Salinas, no PA

Material foi transferido para um berçário próximo à Unidade de Conservação do Ideflor-Bio

Biólogos e pesquisadores do Projeto de Monitoramento de Desovas de Tartarugas Marinhas (PMDTM) identificaram um novo ninho com 122 ovos na praia do Atalaia, em Salinópolis, no nordeste do Pará. A descoberta foi divulgada no domingo (23).
 

O local da desova fica na área que foi bloqueada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), com o apoio dos órgãos de segurança pública. No local, é proibido o tráfego de carros.
 

Para garantir o crescimento seguro dos quelônios, os ovos foram transferidos para um berçário previamente preparado, nas adjacências da Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural do Atalaia. De acordo com os envolvidos, a medida visa prevenir a destruição por pisoteio, esmagamento de veículos e pelos efeitos da maré.

 

Habitat

 

Identificação de ovos na praia do Atalaia, em Salinópolis, no Pará. — Foto: Divulgação

Identificação de ovos na praia do Atalaia, em Salinópolis, no Pará. — Foto: Divulgação

Identificação de ovos na praia do Atalaia, em Salinópolis, no Pará. — Foto: Divulgação

Segundo especialistas, é no período noturno que cinco espécies de tartarugas marinhas - Caretta caretta (tartaruga-cabeçuda), Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva), Chelonia mydas (tartaruga-verde), Eretmochelys imbricata (tartaruga-de-pente) e Dermochelys coriacea (tartaruga-de-couro) - sobem à praia para depositar seus ovos. Também é durante à noite e ao amanhecer que os filhotes saem dos ninhos em direção ao mar.
 

Atualmente, a Mineral Engenharia e Meio Ambiente executa o PMDTM, que monitora áreas de desova desses animais no litoral paraense. O projeto é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
 

A bióloga e pesquisadora Josie Barbosa detalhou como se deu a operação de transferência dos ovos e o passo a passo até a eclosão.
 

“O período de incubação dura em média 45 a 60 dias, dependendo da temperatura. Quanto mais quente, menor o período de incubação. Desta vez, não foi possível identificar a espécie da tartaruga, pois quando chegamos no local, a fêmea já havia retornado ao mar”, explicou a especialista.


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