Após quatro temporadas longe da elite, o Cametá volta a viver momentos de glórias no Campeonato Paraense. Campeão em 2012, o Mapará foi rebaixado em 2018 e agora retorna à Primeira Divisão após sagrar-se campeão da Segundinha em 2022. Depois disso, o técnico Rogerinho Gameleira chegou e conduziu a equipe às semifinais do Parazão depois de uma campanha sólida na primeira fase e passando pelo São Francisco sem dificuldades nas quartas.
"A gente fez uma pré-temporada de um mês. Um mesmo ciclo e aí a gente montou o grupo, muito equilibrado na idade. São são quatro ou cinco jogadores acima de 30 anos. E os demais tudo abaixo de disso. Jogadores que conhecem a competição mesclando com os de fora do estado também. Desde o primeiro momento, a gente trabalhou em etapas. Primeiramente, não cair para a divisão do Campeonato Paraense. Segundo, classificar entre os oito, terceiro classificar entre os quatro. E em quarto é chegar na final do Parazão", destacou em bate papo com a reportagem do DOL.
"A gente está trabalhando com isso daí. O diferencial é o trabalho da comissão técnica, junto com os jogadores, que possuem uma parcela de contribuição muito grande, porque entenderam a minha ideia de trabalho. Estão colocando em prática a minha ideia, meu esquema tático, minha metodologia. E o trabalho da diretoria também. Então, são esses três componentes: comissão técnica, jogadores e diretoria. Estamos fazendo um belo trabalho nesse Paraense pelo Cametá e esperamos conseguir nosso objetivo maior, que é chegar na final da competição", ressaltou.
Na temporada já são 10 partidas, seis vitórias, dois empates e duas derrotas, com 18 gols marcados e 11 sofridos. Nas quartas de final, bateu o São Francisco por 1 a 0 na ida e 5 a 2 na volta, no Estádio Parque do Bacurau, em Cametá. Agora, aguarda a definição do confronto entre Clube do Remo e Caeté, que jogam nesta terça-feira (18).
"Estou muito contente com o meu trabalho, pois está fluindo, graças a Deus. No entanto, ainda não terminou. Temos um jogo muito duro do ganhador de Remo e Caeté. Estamos nos preparando adequadamente para fazer grandes jogos e conseguir a classificação. Claro que respeitando muito os dois adversários", ponderou.
O Mapará Elétrico está bem próximo de garantir vaga na Série D do Campeonato Brasileiro de 2024. Isso porque, como já está nas semifinais, precisa apenas que o Remo elimine o Caeté o Paysandu despache a Tuna. O Leão venceu a ida das quartas por 4 a 2, enquanto que o Papão fez 4 a 1. Além disso, uma vaga na Copa Verde pode pintar, caso fique entre os três melhores colocados.
"A cidade aqui respira futebol e carnaval. O prefeito também está dando todo o suporte e com isso a gente está fazendo nosso trabalho fluir. Todos os jogos aqui a torcida comparece, nos empurra também. É o décimo segundo jogador. Isso é muito importante para o nosso trabalho. Então, é de suma importância que a gente jogue aqui também a partida contra o ganhador de Remo e Caeté. Pois aqui é o combustível a mais pra nossa equipe", observou.
Gameleira falou sobre a importância de jogar no Parque do Bacurau porque o gramado foi muito criticado na partida diante do Leão Santareno. Quem acompanhou, pôde observar que a lama tomava conta da maior parte do campo. A Federação Paraense de Futebol (FPF) enviou uma equipe técnica para averiguar a situação. O clube, junto à prefeitura da cidade, já trabalham para resolver o problema.
"A comissão técnica não abre mão de jogar no Parque do Bacurau. A prefeitura está trabalhando no gramado, que está sendo revitalizado. Já está em perfeitas condições para disputar uma partida de futebol. Se infelizmente não for no Parque do Bacurau, não queremos jogar em Belém. Porque o mando de campo é do Cametá. Então, a gente vai fazer de tudo pra jogar em Ipixuna ou Tucuruí o primeiro jogo, se for contra o Remo, ou o segundo jogo, se for aqui em Cametá (caso o Caeté passe). Mas se formos jogar duas partidas diante do Remo, uma não será no Mangueirão ou Baenão. A gente estaria dando combustível ao adversário. Não existe isso. Não é nosso pensamento isso. É nosso pensamento jogar aqui no Parque do Bacurau ou senão uma partida fora de Belém", frisou.
Com tamanha confiança e com o futebol fluindo, o Cametá pode voltar a sonhar em disputar uma final de Campeonato Paraense e até mesmo com o bicampeonato. Mas é preciso um passo de cada vez e Rogerinho sabe disso. O mais importante é que a equipe volta a figurar entre os mais fortes do Parazão e os jogadores entenderam a dimensão de defender o Mapará.
"Eu, graças a Deus, não tive dificuldade nenhuma em trabalhar aqui no Cametá nessa temporada. Jogadores disciplinados, jogadores atletas de futebol realmente. Volto a repetir, compraram a minha ideia de trabalho, a minha metodologia. E graças a Deus o trabalho fluiu. Esperamos que a gente siga o objetivo maior que é chegar na final da competição e aí disputar a final do Paraense em 2023. Esse é o nosso objetivo, com todo respeito aos adversários
