Jornal In Foco Publicidade 1200x90
12/04/2023 às 10h04min - Atualizada em 12/04/2023 às 10h04min

Operação desarticula garimpos em área de preservação no Pará

Ação desativou quatro locais em São Félix do Xingu e apreendeu 18 itens de materiais ligados à atividade irregular e desmontou acampamentos

 

Uma ação conjunta e em nova frente da Operação “Curupira”, articulada pelas Secretarias de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), por meio da base fixa de São Félix do Xingu, desativou garimpos ilegais em uma área próxima à vila de Canopus, distante 272 km da base fixa operacional implantada na sede do município. A ação contou com frentes terrestres, apoio aéreo e a colaboração da Polícia Federal.

Agentes em solo constataram os pontos de degradação com uso de drones

Agentes em solo constataram os pontos de degradação com uso de drones

Agentes em solo constataram os pontos de degradação com uso de drones |Foto: Marcelo Souza /Ag.Pará

Os trabalhos iniciaram na última quarta-feira (5), com o deslocamento das equipes e uma reunião operacional, com o objetivo de destacar os principais pontos das ações a serem efetuadas, como os destacados pelo levantamento da Semas, que identificou alguns focos de atuação ilícita ambiental, entre mineração ilegal e desmatamento. As equipes iniciaram as ações com apoio aéreo, em que fizeram a verificação se as áreas estavam em atividade, enquanto que os agentes em solo constataram os pontos de degradação com uso de drones.

Agentes em solo constataram os pontos de degradação com uso de drones

Agentes em solo constataram os pontos de degradação com uso de drones

Agentes em solo constataram os pontos de degradação com uso de drones |Foto: Marcelo Souza /Ag.Pará

Durante as ações operacionais, foram desativados quatro locais identificados por atuar com garimpo, assim como foram apreendidos 18 itens de materiais ligados à atividade, além do desmonte das estruturas utilizadas como acampamento nos locais.

Veja também:

Adepará apreende 500 kg de carne ilegal em Tomé-Açu

Caixas de incensos são apreendidas no comércio de Belém

Madeira irregular é apreendida em embarcações no Marajó

Esta é a quarta frente de atuação da base fixa em São Félix do Xingu, desde a implantação de fevereiro deste ano, e abrange a Área de Preservação Ambiental Triunfo do Xingu (APATX) e atua na região próxima à Altamira. Os trabalhos foram possíveis a partir da identificação de pontos com degradação ambiental recente, como explica o agente de fiscalização ambiental da Semas, Wilson Monteiro.

“A operação Curupira vem seguindo fiscalizando e combatendo ilícitos ambientais, assim como monitorando diversas áreas com degradação ambiental ou ligadas à atividade de garimpo ilegal. Na vila de Canopus, a Semas identificou alguns pontos recentes de atividade de garimpo, mapeou e traçou as rotas para verificação in loco, possibilitando a desarticulação de alguns locais”, pontuou.

Os trabalhos foram possíveis a partir da identificação de pontos com degradação ambiental recente

Os trabalhos foram possíveis a partir da identificação de pontos com degradação ambiental recente

Os trabalhos foram possíveis a partir da identificação de pontos com degradação ambiental recente |Foto: Marcelo Souza /Ag.Pará

De acordo com o coordenador operacional da Segup em São Félix, coronel Ed-lin Anselmo, o apoio operacional e logístico é articulado pela Segup em conjunto com as demais forças do Sistema de Segurança para garantir celeridade nas ações.

“Nós estamos aqui nessa região desde o dia 15 de fevereiro e avançamos muito na questão da preservação do meio ambiente. Os números da Semas dão conta dessa diminuição de garimpo ilegal e a ideia do Governo do Estado é manter a tropa presente, juntamente com a Segup e Semas, e agora, com apoio da Polícia Federal, justamente para mostrar que o Estado está presente aqui e que esses desmatamentos precisam cessar”, reforçou o coordenador.

As equipes iniciaram as ações com apoio aéreo, em que fizeram a verificação se as áreas estavam em atividade

As equipes iniciaram as ações com apoio aéreo, em que fizeram a verificação se as áreas estavam em atividade

As equipes iniciaram as ações com apoio aéreo, em que fizeram a verificação se as áreas estavam em atividade |Foto: Marcelo Souza /Ag.Pará

Ele acrescenta ainda que, “conseguimos fazer sobrevoo na área circundante da vila e identificar áreas de garimpo, alguns em atividade, outros parados há algum tempo, além de localizar uma área com maquinários em atividade, com ferramentas e lonas, indícios que tinham sido abandonados pouco antes da nossa chegada. A Semas fez a notificação, fizemos a inutilização dos equipamentos e seguimos verificando a possibilidade de maquinários escondidos na mata, para interromper qualquer atividade ilícita. Nós ressaltamos a importância do uso das aeronaves, pois através delas foi possível checar os pontos para realizar as incursões a pé para checagem no local exato”, finalizou.

A ação contou com frentes terrestres, apoio aéreo e a colaboração da Polícia Federal.

A ação contou com frentes terrestres, apoio aéreo e a colaboração da Polícia Federal.

A ação contou com frentes terrestres, apoio aéreo e a colaboração da Polícia Federal. |Foto: Marcelo Souza /Ag.Pará

A ação na área de Vila Canopus contou com mais de 60 profissionais de segurança divididos em 18 viaturas, três aeronaves, sendo duas totalmente novas, do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado à Segup, que foram utilizadas para verificação e reconhecimento das áreas e transporte das equipes. Estão presentes agentes das polícias Militar, Civil e Científica, Corpo de Bombeiros Militar, Semas e Polícia Federal.

Operação Curupira

Para garantir a presença contínua e ações de curto, médio e longo prazo, a Operação “Curupira” inicialmente se instalou em São Félix do Xingu, na região Sudeste, com a primeira base fixa, seguida pelas unidades de Uruará e Novo Progresso. Juntas, as bases consolidam a presença do Estado no Sudeste e Oeste do Pará.

Mais de 150 agentes de segurança pública e demais servidores estaduais das áreas ambiental e de fiscalização atuam a partir das três bases fixas em ações que já resultaram no embargo de áreas, apreensão de materiais, prisões de pessoas e fiscalizações terrestres e aéreas.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Jornal In Foco Publicidade 1200x90