Para alguns, o final de um ano e o início de outro, de fato, pode ser o recomeço que eles tanto precisavam. Isso porque, nesta época, surgem vagas temporárias de trabalho.
Em tempo, o setor de produtos e de serviços, principalmente o varejo, para atender o aumento das demandas dos clientes que são disparadas pelo clima festivo, usa a modalidade de contratação temporária que surge como a medida exata que a atividade econômica necessita.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTEM), Marcos de Abreu, este ano estima-se uma alta de 8% nas contratações temporárias durante o primeiro trimestre, de janeiro a março de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado – com mais de 774 mil vagas temporárias.
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A estimativa é que, para o mesmo período de 2023, este número ultrapasse as 830 mil vagas. “O conhecimento jurídico do trabalho temporário está permitindo o aumento desta modalidade de gestão de mão de obra a cada ano. Isso nos faz crer, em condições normais, em uma expectativa positiva para o ano de 2023”, sinaliza o presidente.
Ainda segundo a estimativa da associação, as contratações serão impulsionadas por todos os setores da economia, com predominância da Indústria (65%), seguidos por Serviços (25%) e Comércio (10%). No segundo emprego, Bianca Silva, 19, foi contratada temporariamente em uma loja de artigos e adereços, localizada na Treze de Maio, comércio de Belém.
A jovem comenta que procurava vagas de emprego desde o início de 2022 e que a contratação chegou em boa hora. “Estava entregando currículo em várias lojas desde o começo do ano passado. Comecei a trabalhar faz uns 15 dias, agora em janeiro, não podia começar o ano melhor. Moro com os meus pais e com a renda que ganho, ajudo nos gastos em casa”, revela.
Conforme o presidente da ASSERTEM, a expectativa positiva para a contratação de temporários em 2023 se deve ao fato das empresas brasileiras entenderam a garantia jurídica e contratação rápida da modalidade e estão se apoiando nela para atender suas demandas.
Para algumas lojas, essa contratação aconteceu um pouco antes do início do ano, justamente para aproveitar o embalo da sequência de festas e aquecimento das vendas, desde a época do Círio de Nazaré. O gerente de loja João Paulo Santana, 30 anos, comenta que esse processo se dá para que os funcionários temporários se adaptem aos produtos e se familiarizem para atender a alta demanda de clientes.
“Agora estamos com dois funcionários temporários na loja este ano. Já sabem manusear os materiais, conhecem o fluxo e já ganharam a nossa confiança. Acaba que a gente vai segurá-los por desempenharem bem a função”.
O fiscal de loja Douglas Souza, 22 anos, estava desempregado há 10 meses quando foi contratado temporariamente pela loja em que João Paulo é gerente. “Não trabalhava com o varejo, mas acabei sendo demitido do último emprego no ‘corte de gastos’. Aí tirei um dia e fiquei entregando currículo de loja em loja, aqui me chamaram. Aqui gosto do ambiente, gosto de ter contato com as pessoas e com o salário também dá para ajudar em casa, graças a Deus”, finaliza o jovem.
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Outra que começou o ano com o pé direito foi Mikaele Barros, 22. Ela que sempre trabalhou com venda de maquiagens e já tem experiência no comércio varejista, está no período de experiência em uma loja do setor e almeja ser contratada. “Esse é o mês do dinheiro, aqui a gente ganha comissão. Eu trabalhava em outro lugar, mas aqui é melhor. Espero que eu seja contratada, se Deus quiser! ”, comenta a vendedora.
