Através da Papão TV, o Paysandu realizou uma entrevista com o goleiro Thiago Coelho, no programa PodPapão. Com a duração de 1h27, vários temas foram abordados, como sua saída do Remo para o Campeão dos Campeões, o início inesperado no Lobo, carinho do torcedor alviceleste e a relação com o goleiro Vinícius, com quem trabalhou por três temporadas.
Thiago assumiu a titularidade do gol bicolor no segundo jogo da final do Campeonato Paraense. De lá para cá, são 16 jogos, nove vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas. Foram 12 gols sofridos, possuindo uma média de 0,75 gols por partida. Ele falou sobre o trabalho que vem fazendo no Paysandu e do compromisso que tem com o torcedor.
"Eu não estou aqui para provocar a torcida adversária, eu estou aqui para ter a confiança da minha torcida. Eu busco chegar dentro do campo e passar essa confiança. Eu acho que estou conseguindo passar para a nossa torcida. Eu perdi uma torcida grande, mas consegui uma maior ainda. Eu vim para um time gigante, que tem uma torcida gigante. Imagina subir e ser o melhor goleiro da Série C?", destacou.
Após os jogos do Paysandu, onde geralmente consegue destaque, o goleiro sempre posta fotos da partida em seu Instagram e uma enxurrada de comentários positivos chegam em questão de segundos. Ele falou sobre esse carinho que vem recebendo da Fiel e salientou o crescimento no número de seguidores após "atravessar" a Almirante."Fico muito feliz com as mensagens que eu recebo, eu procuro responder todas. São muitas mensagens que mandam. O número de seguidores cresce e eu não consigo nem ver. Eu estava com 25 mil seguidores. Eu estou com 29 mil. Estava com 16 mil seguidores quando cheguei ao Paysandu. Eu tinha mais, mas a torcida do Remo parou de seguir e chegaram outros. A nossa vida é assim. São escolhas e desafios. Eu estou muito feliz. Eu sinto que é só o começo. Quero conquistar muitas coisa aqui", enfatizou.
Passagem pelo Remo:
"Tive poucas oportunidades no rival, pois eles têm um goleiro acima da média. Hoje não vive um bom momento. É um cara que é meu amigo, é um grande profissional. Futebol é fase. Eu já passei por uma fase que tive que trabalhar de barman. Tive que trabalhar na noite e arranjar um sustento para a minha família. Eu não tenho vergonha de falar isso. Quando eu estava lá, o Vinícius fazia coisas impressionantes. Era muito difícil jogar. Trabalhei com o cara por três anos e ele é acima da média", comentou.
Admiração por Vinícius:
"Eu o vejo como um ser humano, pois eu conheço a pessoa. Ele viveu uma grande fase. As pessoas esperam muito dele. Ele é um grande goleiro e uma grande pessoa. Tenho certeza que ele vai dar a volta por cima. Não é por jogar no rival que eu vou torcer contra ele. Não fiz isso quando eu estava lá", acentuou.
Lesão após chegar ao Paysandu:
"Eu estava machucado. Chegava em casa chateado e triste. Eu fiz tudo isso, vim para cá e me lesionei. Ficava tentando entender o que estava acontecendo. A Carol (esposa) foi importante. Ela disse que iria dar tudo certo. Algumas pessoas tentaram me humilhar, falaram mal de mim. Ninguém chuta cachorro morto. Eles sabiam que eu tinha condições de dar alegrias. Eles queriam me desestabilizar", frisou.
Futuro na capital paraense:
"Eu vou ficar em Belém. Eu vou ficar com a minha família, no lugar que eu já estou acostumado. Eu vou casar com uma mulher da terra. Provavelmente, eu vou morar aqui quando eu parar de jogar futebol. Espero que meus filhos sejam paraenses também. Que eles tomem açaí, tacacá, comam vatapá e maniçoba. Vamos para o Círio de Nazaré", finalizou.
