Jornal In Foco Publicidade 1200x90
24/08/2019 às 08h53min - Atualizada em 24/08/2019 às 08h53min

Ameaça de não entrar em campo, refugos e queda de braço: os bastidores de Cuéllar no Flamengo

Afastado por não querer viajar com a delegação, volante já tinha indicado em outras ocasiões o desejo de não jogar. Clube não aceita propostas para a transferência

- Jornal In Foco
G1.globo.com
O pedido antes do treino de sexta para não viajar e o afastamento do time 

foram o auge de um processo com muitos capítulos que já vinha se desenhando nos bastidores. Antes, houve sinalização de não jogar contra o Vasco, diante do Internacional, na última quarta, choro e muitas idas e voltas.

Fora dos jogos contra o Ceará, no domingo, e Inter, na próxima quarta, afastado por tempo indeterminado por meio de nota oficial do clube, o colombiano gerou revolta dentro do Flamengo, que não terá na Libertadores Arão, suspenso.

Através de sua assessoria de imprensa, Cuéllar informou que, por enquanto, não vai se pronunciar. Internamente havia a desconfiança de que ele já tinha planos fora do Rio neste sábado, então a diretoria se antecipou.

A decisão, em princípio, não garante que o atleta será negociado. Pelo contrário. A ideia agora é "cozinhar" ao máximo e, amparado no contrato firmado até maio de 2022, não liberá-lo. O volante ficará separado do elenco até que este folhetim colombiano tenha mais capítulos.

Na quinta-feira, um dia depois do jogo contra o Inter, pessoas do Flamengo envolvidas nas negociações repetiam o discurso: "Não tem nada assinado e nem encaminhado para ele sair".
 
Pedidos para não jogar e questões familiares em pauta

Na última terça-feira, houve uma nova rodada de negociações sem que o Flamengo aceitasse a proposta para a transferência. Segundo relatos, Cuéllar indicou que não enfrentaria o Inter, no Maracanã, mas foi demovido da ideia. Contra o Vasco, a situação já tinha acontecido. A cabeça do jogador estava longe do Rio de Janeiro.

O desejo de sair do Brasil não é simplesmente um plano de carreira, envolve também questões pessoais que dizem respeito ao relacionamento com sua família. Sua esposa e os dois filhos pequenos já deixaram o país.

Primeiro, Cúellar recebeu uma proposta de 7,5 milhões de euros e quatro anos de contrato do Al Hilal, da Arábia Saudita. Em princípio, tanto o Flamengo quanto o clube aceitaram os valores e iniciaram as conversas com o Deportivo Cali, detentor de 30% dos direitos econômicos, para concluir o negócio. Quando as partes já estavam preparadas para redigir o contrato, houve a reviravolta.
 
O Bologna apareceu na jogada, e a possibilidade de ir para Europa mexeu com o jogador e seus familiares. Um segundo empresário, este intermediário da oferta italiana, que teve valores parecidos com a do Al Hilal, embarcou para o Rio com o sentimento de que fecharia negócio. No entanto, saiu do saiu do avião com a notícia de que já havia o "Ok" para os árabes. Todas as partes ficaram insatisfeitas.

De acordo com relatos, Cuéllar chegou a chorar por ter se antecipado na decisão. O Bologna subiu a proposta e avisou ao Flamengo no último fim de semana. Os dirigentes rubro-negros, no entanto, resolveram pisar no freio, até pela perda técnica que a saída do volante representaria.

A segurança e firmeza que Cúellar demonstra dentro de campo não são repetidas fora das quatro linhas. O colombiano se mostrou indeciso durante todo o processo. A única certeza é que deseja sair do Flamengo.
 
 
Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Jornal In Foco Publicidade 1200x90