Jornal In Foco Publicidade 1200x90
02/05/2022 às 09h48min - Atualizada em 02/05/2022 às 09h48min

Dólar abre em alta e ronda R$ 5 com aversão a riscos antes de decisões de juros

Estados Unidos e Brasil realizam reuniões de política monetária nesta semana, influenciando comportamento dos investidores

cnn

dólar subia 0,90%, cotado a R$ 4,987, por volta das 9h20 desta segunda-feira (2), mantendo uma tendência de alta iniciada em abril. O mercado opera com cautela enquanto espera as decisões sobre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, que ocorrerão na próxima quarta-feira (4).

A expectativa dos investidores é que o Federal Reserve, banco central norte-americano, adote um tom mais duro no combate à inflação recorde no país e suba os juros em 0,5 ponto percentual.

Já em relação ao Brasil, espera-se uma elevação de 1 ponto percentual por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), o que deixaria a taxa básica de juros, a Selic, em 12,75% ao ano.

Em abril, o Ibovespa teve o pior resultado mensal desde março de 2020, recuando 9,7%, enquanto o dólar subiu 3,79%, a maior alta mensal desde setembro de 2021. Na sexta-feira (29), o índice caiu 1,86%, aos 107.876,16 pontos, e a moeda norte-americana avançou 0,07%, a R$ 4,943.

Banco Central fará neste pregão um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de junho de 2022.

Dólar

A moeda norte-americana reverteu parte dos ganhos que o real obteve nos primeiros meses do ano devido a uma combinação de fatores que influencia no fluxo de compra e venda do dólar.

Ao CNN Brasil Business, especialistas associaram essa valorização recente a dois principais fatores: a perspectiva de altas maiores de juros nos Estados Unidos e os temores em relação aos lockdowns estabelecidos em uma série de cidades economicamente relevantes na China.

Os juros norte-americanos maiores tendem a atrair investimentos para o mercado de títulos do Tesouro do país, retirando capital de mercados considerados mais arriscados que o dos Estados Unidos, caso do Brasil.

Já as medidas de controle de disseminação da Covid-19 na China, que afetam cidades como Xangai e Pequim, tendem a reduzir a demanda da segunda maior economia do mundo por commodities, prejudicando seus principais fornecedores, entre eles o Brasil.

*Com informações da Reuters e de Artur Nicoceli, do CNN Brasil Business


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Jornal In Foco Publicidade 1200x90