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11/04/2022 às 17h15min - Atualizada em 11/04/2022 às 17h15min

Bolsonaro compra 35 mil Viagras para Forças Armadas

Medicamento para impotência sexual virou um dos assuntos mais comentados do dia. Na Câmara dos Deputados, a oposição exigiu explicações do governo Bolsonaro para a aquisição do remédio.

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O  Viagra é um medicamento usado, tipicamente, para tratar da disfunção erétil, uma condição masculina também conhecida popularmente como impotência sexual. Nesta segunda-feira (11), o produto em questão virou um dos assuntos mais comentados entre os brasileiros por ter sido comprado em grande quantidade pelas Forças Armadas do país.

Acontece que as Forças Armadas aprovaram pregões para comprar 35.320 comprimidos do medicamento produzido pela farmacêutica Pfizer, o Viagra. Os dados foram compilados pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), por meio de dados do portal da Transparência e do painel de preços do governo.

“Precisamos entender por que o governo [Jair] Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra, e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam com frequência falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação”, diz o deputado, em nota.

Desde 2020, oito processos de compras do medicamento foram aprovados e continuam em vigor até este ano. De acordo com os documentos, o Viagra é discriminado com o nome genérico Sildenafila, nas dosagens 25 mg e 50 mg.

A maior parte das remessas foi enviada à Marinha, com 28.320 comprimidos. O Exército recebeu 5 mil pílulas e a Aeronáutica 2 mil.

No mesmo dia, a Aeronáutica justificou que o medicamento é usado para hipertensão arterial pulmonar e em pacientes com esclerose sistêmica para “melhor controle do fenômeno de Raynaud em pessoas acometidos pela grave doença”.

“Entre os usos atualmente aprovados da sildenafila estão principalmente o tratamento para hipertensão arterial pulmonar e para melhor controle do fenômeno de Raynaud numa doença grave denominada esclerose sistêmica, o que endossa e motiva a aquisição para utilização do aludido medicamento especialmente no âmbito hospitalar. A utilização para o tratamento da disfunção erétil não se encontra priorizada nesse tipo de aquisição”, diz a Aeronáutica.

A hipertensão arterial pulmonar é uma doença rara, que deixa a pressão arterial dos pulmões mais alta e ocorre mais em mulheres.

 

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