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23/03/2022 às 15h07min - Atualizada em 23/03/2022 às 15h07min

Estudantes criam invenção que pode mudar a venda de açaí

Entre os projetos que mais chamaram a atenção está o protótipo de transporte de açaí por tubos.

DOL
Mentes brilhantes só precisam de uma forcinha para mostrarem ao que veio. Por o talento em prática é só uma questão de oportunidade que passa pela educação. 

Um grupo de estudantes da rede municipal de Belém é destaque no Torneio de Robótica 2022, promovido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). O evento ocorre no ginásio do Sesi em Ananindeua e é marcado pelas ideias inovadoras de meninos e meninas que, através de tecnologias, pensaram em soluções para práticas e problemas do cotidiano.

 

Escola municipal Nestor Nonato de Lima escolhe a robótica educativa como método de aprendizagem

Escola municipal Nestor Nonato de Lima escolhe a robótica educativa como método de aprendizagem

 Escola municipal Nestor Nonato de Lima escolhe a robótica educativa como método de aprendizagem | Ascom/Semec
 Somente da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nestor Nonato de Lima foram oito estudantes do 6º ao 9º ano participando. Eles apresentaram um projeto voltado para o transporte de açaí por tubos. A iniciativa visa facilitar a logística entre ilhas produtoras e a feira do açaí, local de comercialização da fruta na capital paraense.

Para isso, os estudantes tiveram a oportunidade de fazer uma visita técnica nas ilhas do Maracujá e Combu para entender a dinâmica de um açaizal e o transporte da fruta. 

A Escola Nestor Lima fica no bairro do Condor. O professor Breno Velasco e a coordenadora pedagógica Gracinete Franco Antunes, que estão junto com os alunos nesta empreitada, ressaltam que escolheram a robótica educativa como método de aprendizagem para desenvolver o raciocínio lógico e o pensamento computacional dos estudantes para resolver situações-problema por meio da tecnologia.

“Foi numa brincadeira de montar um carro na aula de Ciências que soube do projeto de robótica. Nunca tive interesse por robótica, mas depois falei com a coordenadora que queria participar. Hoje amo a robótica e o que ela oferece para gente”, relembra Ester Gilson dos Santos, de 11 anos, estudante do 6º ano.

Numa nova perspectiva, a  Secretaria Municipal de Educação (Semec), por meio do Núcleo de Informática Educativa (Nied), desenvolve desde 2021 uma política educacional que incorpora às Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) ao processo de ensino-aprendizagem de professores e educandos da rede municipal de ensino de Belém. São diversos cursos e oficinas de robótica, scratch, design e programação digital, vídeo bolso e elaboração de projetos.

Estes projetos estão implantados nas 74 Salas de Informática Educativa (SIEs) das 204 escolas municipais que estão dando os primeiros resultados. Professores foram estimulados a utilizar a tecnologia de uma forma significativa, reflexiva e ética para promover o protagonismo dos estudantes diante dos problemas na vida pessoal e coletiva no ambiente escolar de forma interdisciplinar, ou seja, envolvendo todas as áreas do conhecimento.

Comunicação

Outro projeto dos alunos da rede municipal de educação de Belém que está no torneiro é o Podcast – contando e cantando histórias, desenvolvido pelo professor Hugo Foro, da sala de informática da Escola Municipal de Ensino Fundamental Liceu Escola Mestre Raimundo Cardoso, em Icoaraci. A ideia é desenvolver a oralidade e a produção textual dos estudantes, além ensinar a produzir, escrever roteiro e editar áudio. 

Os estudantes do 8º e 9º ano que vão contar a história do Liceu Escola e sua relação com a cultura ceramista da região. Eles terão que fazer uma pesquisa de campo das olarias e mestres ceramistas para conhecer um pouco da cultura do seu território.

O projeto está sendo desenvolvido em parceria com o professor Igor Alessandro dos Santos Cruz, de Educação Patrimonial e professora Tayanne Cid Costa, de Artes.  

Animação

Realidade aumentada é o projeto desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Olga Benário, localizada no bairro de Águas Lindas, com alunos do 5º ano. A professora Célia Franca, da sala de informática em parceria com os pedagogos Marcelo Cavalcante e Mônica Moura uniram arte e animação na sala de aula.

 

Com o aplicativo Quiver Edu as crianças conseguiram dar vida aos desenhos projetando-os em 3D no ambiente virtual com a ajuda de smartphones

Com o aplicativo Quiver Edu as crianças conseguiram dar vida aos desenhos projetando-os em 3D no ambiente virtual com a ajuda de smartphones

 Com o aplicativo Quiver Edu as crianças conseguiram dar vida aos desenhos projetando-os em 3D no ambiente virtual com a ajuda de smartphones | Ascom/Semec
  

 

Com uma folha de papel A4 e o recurso do aplicativo Quiver Edu as crianças conseguiram dar vida aos desenhos projetando-os em 3D no ambiente virtual com a ajuda de smartphones. Além do encantamento natural pela arte de desenhar, a experiência despertou nos alunos o sentimento de poder transportar algo físico para o digital e entender as múltiplas possibilidades oferecidas pela tecnologia. 

"Experimentar a realidade aumentada foi muito legal. Desde pequena já gostava de desenhar e quando vi a borboleta ganhar vida foi incrível. Nunca tinha procurado experimentar coisas novas com o celular. Sempre fui uma aluna muito dedicada e depois de participar do projeto tive mais vontade de aprender sobre artes e animação”, disse Maria Polianna de Souza Oliveira, 10 anos, estudante do 5° ano.

 

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