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09/03/2022 às 19h02min - Atualizada em 09/03/2022 às 19h02min

Estilo de vida saudável ajuda a prevenir o AVC

No Pará, de janeiro a agosto de 2020, foram registrados mais de 2.600 internações pela doença no SUS.

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Segundo o Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de mortalidade e incapacidade adquirida no Brasil. Por esse motivo, os sinais de alerta requerem atenção. Sobretudo, as medidas de prevenção, que passam pelo cultivo de um estilo de vida saudável e sem excessos. 

O AVC mata uma pessoa a cada seis segundos no mundo, e 1 em cada 4 adultos terá a doença de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Morre paciente que recebeu coração de porco nos EUA

 

No Brasil, a doença faz cerca de 70 mil vítimas fatais por ano. Já no Pará, somente de janeiro a agosto de 2020, foram contabilizadas 2.626 internações pela doença no Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, em média, 328 pessoas são internadas por mês no Estado. Somente em Belém são 1.146 internações por ano e a cidade atinge a média mensal de 143 pessoas.

Caracterizado por uma alteração na circulação sanguínea no cérebro, o AVC isquêmico, causado pela falta de sangue em uma área do cérebro, devido à obstrução de uma artéria, e também o AVC hemorrágico, ocasionado pelo rompimento de um vaso cerebral, gerando sangramento em algum ponto do sistema nervoso.

O neurologista Antônio de Matos alerta para o fato de que a população não sabe identificar os sintomas e nem reconhece os fatores de risco que, se observados, podem reduzir a incidência da doença.

“Em cada dez AVCs, quatro são decorrentes do estreitamento que leva ao entupimento de uma das artérias ou do deslocamento de partículas acumuladas em seu interior e levadas até o cérebro. A origem desse acidente é muito semelhante às doenças do coração. Os hábitos e estilo de vida são determinantes para garantir a saúde das artérias”, observa.

Aliás, esse também tem sido um alerta da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, como forma de prevenção ao AVC, uma vez que alguns fatores de risco que contribuem para a sua ocorrência não podem ser modificados, como a idade, cuja incidência cresce conforme o envelhecimento, e o sexo, cujos homens são a maioria das vítimas.

QUAIS SÃO OS CUIDADOS?

“Quando se fala em prevenção, significa que alguns fatores podem ser evitados ou controlados por meio da mudança no estilo de vida. Além de reduzir o risco para um derrame cerebral, certos cuidados também se refletem na qualidade de vida como, por exemplo, a adoção de uma alimentação mais saudável, com mais frutas, verduras, legumes e produtos naturais, e menos sal, açúcar, gordura e álcool, que causam problemas nas artérias e reduzem o fluxo sanguíneo, aumentando a chance de um AVC. A prática regular de exercícios físicos também diminuem os riscos de doença vascular, bem como influencia para a melhora nos quadros de diabetes, hipertensão e altos níveis de colesterol, que são fatores de risco para um AVC. Abandonar o cigarro, consumir menos álcool e beber bastante água também fazem parte das medidas de prevenção”.

E A PREVENÇÃO?

Concluindo, colesterol alto, obesidade e tabagismo são alguns dos fatores que aumentam o risco de um AVC. Por isso, a prevenção é tão importante.

“Se você se enquadra em um desses grupos de risco, é importante que haja um acompanhamento regular no posto de saúde, controle a sua alimentação e pratique atividades físicas regularmente, para minimizar as chances de um AVC. É importante ficar atento à educação alimentar e à mudança de hábitos, a fim de prevenir não só o AVC, mas muitas outras doenças. Não esquecendo, também, as consultas médicas periódicas e os exames rotineiros”, lembra o neurologista.

O paciente que está sendo acometido por um AVC pode manifestar sintomas como dor de cabeça, tontura, formigamento de um lado do corpo, alteração na linguagem, paralisia de um lado do corpo, além do desvio da boca. “Diante de um ou mais desses sintomas, deve-se procurar, imediatamente, o serviço de urgência. Quanto mais rápido o atendimento ocorrer, menor serão as chances de sequelas”.


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