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15/12/2017 às 20h45min - Atualizada em 15/12/2017 às 20h45min

Movelarias de Canaã passam a produzir móveis com madeira de reuso

A associação de moveleiros diz ser um avanço para a economia do município

Atila Penha - Jornal In Foco
Fotos: Atila Penha
Um ano após sua criação, a Associação de Moveleiros já conta com mais de 33 associados e vem buscando meios de trabalhar com madeira licenciada dentro do município de Canaã. Já são inúmeros os projetos voltados para a classe moveleira e alguns estão em andamento.
 
Com a grande atuação da mineradora Vale na região, a associação começou a receber madeiras de rejeito, que foram utilizadas na implantação do projeto S11D. A doação foi dividida em etapas e cerca de 40 toneladas da madeira foram direcionadas na primeira. Essa quantia foi repassada aos associados e já vem mostrando as vantagens para a economia do mercado.


 
"Essa madeira nós aproveitamos mais de 70%, produzimos cadeiras, mesas, guarda-roupas, portas e já temos uma melhora. Os móveis com a madeira de reuso, como um jogo de cadeira e mesa que custa R$ 600, hoje nós vendemos por R$ 400. Então, só tem a ganhar o município, tanto moveleiros quanto consumidores, comprando móveis de baixo custo com qualidade. Essa madeira veio no momento certo, estamos fazendo os móveis, captando recursos, gerando empregos e renda. Acredito que tenha sido gerados mais de 60 mil reais para o município após a chegada desse lote" explicou o presidente da associação Gildenor Oliveira. Ele afirmou também que na segunda etapa a entidade deve receber 100 toneladas de madeira.


 
A associação passará a ser uma cooperativa e essa atenderá não só moveleiros, mas também serralheiros, gesseiros e quem trabalha com os pré-moldados. O intuito da Cooperativa Mista da Indústria de Moveleiros de Canaã dos Carajás será trabalhar no desenvolvimento das áreas no município.
 
"Nós contamos com o apoio da Prefeitura Municipal, vereadores e da Vale que está sendo nossa grande parceira. Já estamos com nossa serraria em andamento. A Vale nos doou o galpão e a serraria já está lá dentro. O próximo passo é legalizar a documentação para que possamos receber a madeira da supressão. Com a legalização da serraria, estima-se que haverá a geração de cerca de 25 empregos. Também estamos criando um projeto de manejo de reflorestamento, com vários tipos de madeiras que se dá o corte com 15, 20 anos. Então, são projetos que vão ficar para o futuro. Só tenho a agradecer o apoio, o projeto vai continuar enquanto eu estiver à frente da cooperativa” explicou Gildenor.


 
Com os avanços e o crescimento de recursos, a cooperativa já vê a evolução do mercado moveleiro e não descarta a hipótese de levar os produtos para serem comercializados fora da região.
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