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06/12/2017 às 21h08min - Atualizada em 06/12/2017 às 21h08min

Julgamento de Bruno e investigadores continua só em janeiro. Policiais continuam presos

Audiência aconteceu sob forte aparato de segurança. Acusados retornam ao cárcere em Belém

Kleysykennyson Carneiro - Jornal In Foco
Fotos: Atila Penha
O destino do delegado Bruno, dos investigadores Cláudio Nascimento e Sérgio Lago só será decidido no dia 22 de janeiro de 2018.  Essa foi a decisão final do juiz Thiago Vinicius de Melo Quedas após a audiência realizada durante toda a quarta-feira. O julgamento durou mais de seis horas e as testemunhas de acusação passaram pela sabatinada de perguntas dos promotores de justiça e dos advogados de defesa.
 
Pela manhã, três testemunhas militares de acusação responderam às dúvidas e confirmaram as acusações sobre os três policiais.  Bruno, Cláudio e Sérgio chegaram ao Fórum algemados e sob forte aparato militar. Antes do início da audiência, os três foram liberados do uso das algemas, mas permaneceram escoltados de perto pelos policiais militares.


Defesa dos reús
 
A defesa dos réus encontrou algumas inconsistências no depoimento da primeira testemunha do dia. O homem tremeu diante das perguntas e ficou nervoso com os questionamentos. Já a segunda testemunha militar, manteve-se firme no relato e afirmou que houve casos em que a moto foi apreendida pela Polícia Militar e depois foi encontrada novamente nas ruas com o mesmo registro de roubo. O homem classificou o caso como um trabalho de “enxugar gelo”.
 
Na parte da tarde, os acusados não puderam acompanhar os depoimentos e foi a vez das testemunhas civis serem ouvidas. Em um dos depoimentos, foi dito o seguinte: “Minha moto foi roubada e recuperada. Depois de três meses encontrei ela em uma oficina e me disseram que ela havia sido trocada por um celular.”
 
Ao todo, oito testemunhas foram ouvidas e ligaram, por meio dos depoimentos, os réus às acusações. A defesa, no entanto, considerou as acusações fracas e pediu a revogação da prisão dos três policiais. De acordo com os advogados, medidas cautelares seriam mais adequadas. A promotoria concordou com a defesa, exceto no caso do investigador Cláudio.

O juiz, no entanto, determinou que os réus continuassem presos e que uma nova audiência fosse realizada no dia 22 de janeiro por conta da ausência de algumas testemunhas de acusação. Na nova data marcada, todas as testemunhas serão ouvidas e o caso deverá ter um desfecho. Diante da decisão, o investigador Cláudio ficou visivelmente emocionado e não conteve as lágrimas. Os três voltam para a capital Belém e devem permanecer presos no quartel do Corpo de Bombeiros. 
 
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