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11/11/2021 às 19h47min - Atualizada em 11/11/2021 às 19h47min

Paraense fez parte de missão em Marte... Ou quase; entenda!

Projeto Habitat Marte faz parte do Núcleo de Pesquisas em Engenharia, Ciência e Sustentabilidade da UFRN e funciona, desde 2017, no município de Caiçara do Rio do Vento

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Caiçara do Rio do Vento é uma pequena cidade, com pouco mais de três mil habitantes, localizada na região do polígono das secas, no Rio Grande do Norte. As principais atividades econômicas do município são agropecuária e comércio. Um projeto científico, porém, faz da cidade um polo de atração de estudantes e pesquisadores de todo o país.

Na zona rural de Caiçara do Rio do Vento, desde 2017, funciona a primeira estação de pesquisa sobre Marte da América do Sul.

O projeto Habitat Marte, iniciativa do professor Júlio Rezende, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), procura simular situações de sobrevivência e melhoramentos tecnológicos em regiões que guardam alguma semelhança ou condições climáticas extremas tais como aquelas existentes no Planeta Vermelho.

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O último desafio da estação espacial análoga Habitat Marte foi a Missão Sian, realizada entre 5 e 7 de novembro. A 86ª realizada pelo Habitat Marte recebeu esse nome em homenagem a Sian Proctor, que foi uma das astronautas da missão espacial Inspiration 4, da SpaceX, e esteve no espaço de 15 a 18 de setembro. Ela foi uma das pesquisadoras convidadas da missão 42 do Habitat Marte.

PARAENSE EM "OUTRO PLANETA"

A estudante Isabella Fernanda Gomes, de 10 anos, conheceu o projeto Habitat Marte pelas redes sociais. Ela pediu para a mãe, como presente pelo aniversário de 10 anos, a inscrição para integrar a missão Sian. Mãe e filha embarcaram para o Rio Grande do Norte e realizaram diversas atividades científicas na semana passada.

Isabella Gomes também participa do Programa Caça Asteroides, da NASA

Isabella Gomes também participa do Programa Caça Asteroides, da NASA

 Isabella Gomes também participa do Programa Caça Asteroides, da NASA | Acervo pessoal

Dentre as atividades desenvolvidas, a estudante teve que realizar explorações, como se estivesse em solo marciano, em um ambiente cuja sensação térmica alcançava os 50ºC, utilizando trajes espaciais. Isabella também cuidou de plantas e peixes na estufa Biohabitat, com o objetivo de simular como seria a alimentação em um futuro habitat autosustentável em Marte. Outra preocupação da equipe é com a qualidade da água na estação.

   

"Muito feliz em ser a criança mais jovem a participar da formação de astronauta. Fizemos uma exploração, com percurso de aproximadamente três quilômetros e meio, com sensação térmica de 50º. Foi uma experiência incrível, aprendi muito com a tripulação e o professor Júlio", disse a paraense.

Equipe que compõs a Missão Sian

Equipe que compõs a Missão Sian

 Equipe que compõs a Missão Sian | Acervo pessoal

Isabella Gomes demonstra interesse por astronomia há dois anos e recebe o incentivo da família. A jovem cientista também participa do Programa Caça Asteroides, da NASA. Ela já identificou cinco asteroides e enviou relatórios à Agência Espacial Norte-Americana.

Agora, resta aguardar os próximos passos da jovem cientista, que pode trilhar um grande e único caminho, destacando-se não apenas em sua área de interesse, como também ajudando a destacar seu Estado de origem. O céu, para ela, como podemos perceber, não parece ser o limite.


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